Os traficantes
"Carioca" e Renê foram resgatados da CPPL 4 pela facção
Bandidos cearenses, com o apoio
de criminosos do Rio de Janeiro, foram os responsáveis pelo plano e a execução
de uma fuga espetacular ocorrida no mês passado numa das unidades do Complexo
Penitenciário de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Traficantes “batizados” pela facção criminosa carioca Comando Vermelho (CV)
foram resgatados debaixo de uma “chuva” de balas. Após a fuga no Ceará, o bando
seguiu para o Rio de Janeiro e lá, o grupo estaria se preparando para voltar
para Fortaleza com mais integrantes, mais armas e mais munição. O plano do CV é
invadir vários bairros de Fortaleza nas próximas semanas e exterminar os
inimigos da GDE (Guardiões do Estado).
Era madrugada do dia 1º de
setembro, quando um grupo armado com fuzis de calibres 5.56 e 7.62, além de
submetralhadoras de calibre 9 milímetros, se aproximou do alambrado que cerca a
Casa de Privação Provisória da Liberdade Agente Penitenciário Elias Alves da
Silva, a CPPL 4, nas margens da BR-116, em Itaitinga, e passou a disparar as
armas. Simultaneamente, um grupo de presos tidos como do comando local do CV,
escapavam das celas por um buraco. Em meio ao confronto, conseguiram chegar à
cerca e concretizaram a fuga.
Entre os “cabeças” da fuga
estavam dois chefes do CV, conhecidos por “Renatinho Pirambu” e “Carioquinha” ou “Carioca”. Ambos são
apontados pelas autoridades como de alta periculosidade e mandantes de dezenas
de assassinatos ocorridos após a deflagração da guerra com a GDE em Fortaleza e
na Região Metropolitana.
O plano - A fuga dos “cabeças” do CV na CPPL teve lances
cinematográficos e na hora em que o tiroteio acontecia, os chefões aproveitaram
para eliminar um dos criminosos que teria traído a facção. Mataram o também detento Anderson Pontes Vieira
Júnior, o “Lôco”.
No momento, “Renatinho Pirambu” e
“Carioca” permanecem no Rio de Janeiro, arregimentando “soldados” do CV para a
invasão a Fortaleza. Porém, neste mesmo intervalo, aproveitam para curtir a
fuga com passeios em praia famosas da Capital fluminense, como Copacabana, além
de mergulhos no mar e outras práticas esportivas e de lazer. Teriam passando,
antes, por Porto de Galinhas, em Pernambuco.
Ao grupo, teria se juntado outro
bandido local, identificado por Samuel Rodrigues de Lima Filho, conhecido por
“Gordão”, que teria assumido a chefia do tráfico na favela do Oitão Preto, em
Fortaleza, após o assassinato de “Tarta”. Ele também é um dos cabeças do CV na
Capital.
Armas de grosso calibre e muita
munição estariam sendo preparadas para serem trazidas do Rio para Fortaleza no
plano do CV de causar dezenas de baixas na GDE, deixando o caminho livre para o
tráfico e roubos na Capital e cidades da região metropolitana.
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