Marcos Chinês e "Dedé"
tinham apartamentos na Beira-Mar e carros de luxo
Uma vida luxuosa, com apartamento
na Beira-Mar, carros importados, festas, viagens Brasil afora e no exterior.
Assim era a vida de dois bandidos que comandavam o tráfico de drogas em bairros
da zona nobre de Fortaleza. Os dois comparsas acabaram presos na semana passada
através de uma investigação sigilosa feita pela Polícia Civil através da
Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado (Draco). A dupla estaria desembarcando cerca de 100
quilos de cocaína por mês na Capital. As prisões só foram reveladas na última segunda-feira
(22).
Marcos da Silva Pereira, 39 anos,
o “Marquinhos Chinês” e Marcos André Silva Ferreira, o “Dedé”, 24, eram
parceiros do crime de tráfico. Na semana passada marcaram, um encontro em uma
padaria, na Aldeota, para acertar detalhes de mais uma grande remessa de
cocaína que chegaria a Fortaleza nos próximos dias para ser distribuída em
“bocadas” nos bairros da zona nobre, como Papicu, Aldeota, Dionísio Torres e
Praia do Futuro. Porém, não sabiam que estavam sendo vigiados pelos inspetores
da Draco.
Na saída, cada um deles entrou em
um carro e foram seguidos pelos policiais. Percebendo a ação da Polícia, os
traficantes trataram de escapar. “Marquinhos Chinês” acabou sendo preso na
Rodovia Estruturante, em Caucaia. O comparsa fugiu, mas dois dias depois foi
localizado em uma academia de ginástica, na Aldeota.
Com os acusados, a Polícia
apreendeu uma grande quantidade de dinheiro, drogas, além dos carros de luxo que
eles usavam para as farras.
“Marquinhos Chinês”, segundo a
Polícia, é um dos fundadores da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) e
parceiro de outro fundador da organização criminosa, o bandido Auricélio Silva
Souza, o “Celinho da Babilônia”, capturado há dois meses em Fortaleza. Juntos,
tocavam o negócio das drogas e ordenavam matanças, como a chacina do “Forró do Gago”,
em 27 de janeiro, que deixou 14 pessoas assassinadas a tiros de fuzil,
submetralhadora e pistola.
Paraguai - Ainda de
acordo com a Polícia, drogas, armas e munições estariam sendo trazidas do
exterior para Fortaleza. Há informações de que, recentemente, “Dedé” esteve na
cidade Juan Pedro Caballero, que faz limite com Ponta Porã, no Mato Grosso do
Sul, na fronteira Brasil-Paraguai.
Certamente, teria ido direto ao fornecedor das drogas e armas para
negociar mais uma remessa para o Ceará.
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