terça-feira, 23 de outubro de 2018

DINHEIRO DO CRIME - Chefões do tráfico na zona nobre da Capital tinham vida luxuosa, mas acabaram presos

Marcos Chinês e "Dedé" tinham apartamentos na Beira-Mar e carros de luxo

Uma vida luxuosa, com apartamento na Beira-Mar, carros importados, festas, viagens Brasil afora e no exterior. Assim era a vida de dois bandidos que comandavam o tráfico de drogas em bairros da zona nobre de Fortaleza. Os dois comparsas acabaram presos na semana passada através de uma investigação sigilosa feita pela Polícia Civil através da Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado (Draco).  A dupla estaria desembarcando cerca de 100 quilos de cocaína por mês na Capital. As prisões só foram reveladas na última segunda-feira (22).
Marcos da Silva Pereira, 39 anos, o “Marquinhos Chinês” e Marcos André Silva Ferreira, o “Dedé”, 24, eram parceiros do crime de tráfico. Na semana passada marcaram, um encontro em uma padaria, na Aldeota, para acertar detalhes de mais uma grande remessa de cocaína que chegaria a Fortaleza nos próximos dias para ser distribuída em “bocadas” nos bairros da zona nobre, como Papicu, Aldeota, Dionísio Torres e Praia do Futuro. Porém, não sabiam que estavam sendo vigiados pelos inspetores da Draco.
Na saída, cada um deles entrou em um carro e foram seguidos pelos policiais. Percebendo a ação da Polícia, os traficantes trataram de escapar. “Marquinhos Chinês” acabou sendo preso na Rodovia Estruturante, em Caucaia. O comparsa fugiu, mas dois dias depois foi localizado em uma academia de ginástica, na Aldeota.
Com os acusados, a Polícia apreendeu uma grande quantidade de dinheiro, drogas, além dos carros de luxo que eles usavam para as farras.
“Marquinhos Chinês”, segundo a Polícia, é um dos fundadores da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) e parceiro de outro fundador da organização criminosa, o bandido Auricélio Silva Souza, o “Celinho da Babilônia”, capturado há dois meses em Fortaleza. Juntos, tocavam o negócio das drogas e ordenavam matanças, como a chacina do “Forró do Gago”, em 27 de janeiro, que deixou 14 pessoas assassinadas a tiros de fuzil, submetralhadora e pistola.

Paraguai - Ainda de acordo com a Polícia, drogas, armas e munições estariam sendo trazidas do exterior para Fortaleza. Há informações de que, recentemente, “Dedé” esteve na cidade Juan Pedro Caballero, que faz limite com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, na fronteira Brasil-Paraguai.  Certamente, teria ido direto ao fornecedor das drogas e armas para negociar mais uma remessa para o Ceará.

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