O militar foi o primeiro a vencer
o Partido dos Trabalhadores (PT) em 16 anos
O candidato do PSL, Jair
Bolsonaro, foi eleito presidente do Brasil em sua primeira disputa para o
cargo. O líder eleito teve 55,54% dos votos válidos, enquanto Fernando Haddad
(PT), teve 44,46% da preferência.
Os dados foram divulgados pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro quebra o ciclo de vitórias do PT,
que conseguia vitórias desde 2002.
Quem é o novo presidente
Desde o período pré-eleitoral,
sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa, o mestre em
saltos da brigada paraquedista do Exército, Jair Messias Bolsonaro, candidato
da coligação PSL-PRTB, liderou todas as pesquisas de intenções de voto para a
Presidência da República. E venceu o primeiro turno, e conquistou a presidência
no segundo turno com mais de 55% dos votos válidos.
Com apoio até de defensores da
monarquia, o capitão da reserva, nascido em Campinas (SP) há 63 anos, fez uma
campanha popular, que reuniu grandes grupos de simpatizantes nas ruas, mas
também foi alvo de muitas críticas e contraofensivas. Ocupando o espaço de
principal rival do PT, Bolsonaro firmou-se como defensor de propostas que se
enquadram no arco da extrema-direita e nunca se intimidou com os limites
impostos pelo politicamente correto. Sua trajetória parlamentar é marcada pela
virulência de seus discursos – que ele considera como livre opinião, protegida
pela imunidade parlamentar.
Fez, por exemplo, declarações
consideradas ofensivas e discriminatórias contra negros e quilombolas. Em 11 de
setembro, o STF julgou Bolsonaro por acusação de racismo – inocentando-o por um
placar de 3 a 2 na Primeira Turma. Publicamente, se opôs às ações afirmativas,
como a adoção de cotas étnicas para o ensino superior.
Demonstrou também ser contrário
às leis de proteção ao público LGBT. Como deputado, combateu sem trégua, em
2011, quando Fernando Haddad (PT) era ministro da Educação, o que chamou de
“kit gay” – um material didático contra homofobia que seria distribuído pelo governo
para as escolas públicas.
Bolsonaro sempre se insurgiu
ainda contra a proteção que os direitos humanos conferem aos que estão sob
custódia do Estado. Já disse ser a favor da pena de morte e contra o Estatuto
do Desarmamento. Condena a descriminalização das drogas e quer que o cidadão
comum possa se armar, em legítima defesa, contra ação de bandidos. Esse foi o
seu principal recado aos eleitores na área de segurança.
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