José Antônio Artenho da Cruz, o
"Bode"
Uma denúncia anônima e a
agilidade da Polícia Militar em checar a informação e montar um cerco resultaram,
nesta quarta-feira (10), na prisão do último bandido foragido após envolvimento
no maior furto a banco da história brasileira: o caso Banco Central. José Antônio Artenho da Cruz, o “Bode” foi
capturado na zona rural do Município de Boa Viagem, por uma patrulha do
Batalhão de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio).
Há 13 anos foragido da Justiça
Federal, “Bode” foi condenado a 37 anos e sete meses de prisão pela sua
participação direta no furto de R$ 164,8 milhões da casa-forte do Banco
Central, em Fortaleza, na madrugada do dia 5 de agosto de 2005, no maior furto
bancário do Brasil. Desde então, permanecia foragido. Mas, acabou voltando para
a sua terra natal, a cidade de Boa Viagem, de onde também é natural o bandido
que comandou o crime: Antônio Jussivan Alves dos Santos, o “Alemão”.
Segundo o comando do BPRaio, na
manhã desta quarta-feira (10), a patrulha
que estava em patrulhamento em Boa Viagem recebeu a denúncia de que “Bode”
estaria armado e escondido em uma propriedade rural na localidade de Sítio
Volta do Rio, na zona rural.
Imediatamente, os policiais se deslocaram até lá e confirmaram a
veracidade da denúncia.
Na casa onde estava morando,
“Bode” foi localizado e cercado pelos “raianos” e não reagiu. Estava armado com
uma espingarda de calibre 36 municiada com seis cartuchos intactos e três
deflagrados. Na residência também foi encontrada a quantia de R$ 3.905.00 em
espécie.
Após 13 anos de fuga, “Bode”,
finalmente, foi algemado e conduzido para a Delegacia de Polícia Civil de Boa
Viagem.
É possível que nas próximas
horas, o acusado seja transferido para Fortaleza e entregue à Polícia Federal,
responsável pelas investigações do furto bancário.
Segunda prisão - Há cerca
de três semanas, outro bandido envolvido no “Caso BC” foi também capturado em
Boa Viagem, numa operação do Serviço Reservado do Batalhão de Polícia de Choque
(BPChqoue) e de patrulhas do Comando Tático Rural (Cotar). Raimundo Laurindo Barbosa Neto, o “Neto
Laurindo”, foi descoberto e preso quando traficava drogas na sua terra natal.
Ao contrário de “Bode”, “Neto
Laurindo” já havia cumprido parte da sua pena por envolvimento no furto
milionário ao BC, em 2015. Já o chefe da quadrilha e também filho de Boa
Viagem, foi condenado a 49 anos e 6 meses de prisão. Há três anos, “Alemão”
teve a pena reduzida para 36 anos de cadeia, mesmo tendo sido um dos líderes do
maior crime bancário do país. Permanece
atrás das grades.
Após sua prisão, em 2008,
“Alemão” passou por várias penitenciárias federais de segurança máxima no
Brasil e, finalmente, retornou ao Ceará onde passou a cumprir o restante da
sentença numa cela do Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira 2 (IPPOO
2). Lá também estava preso seu primo e
outro envolvido no furto milionário: o bandido cearense Marcos Rogério Machado
de Morais, o “Rogério Bocão”, que fugiu dali ao ser resgatado na manhã do dia 5
de fevereiro de 2011. Até hoje ele permanece desaparecido.
Mais um - Já no dia 14 de
agosto último, foi capturado em Brasília mais um envolvido no caso. O cearense
Adelino Angelim de Sousa Neto, o “Amarelo”, foi detido em Brasília. Por sua
participação no furto milionário, foi condenado pela Justiça Federal do Ceará a
18 anos de prisão, além do pagamento de uma multa de R$ 3 milhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário