A estudante Paloma Vasconcelos,
de 21 anos, está presa desde o último sábado, 6, acusada de matar a própria mãe
asfixiada, em casa, após usar formol para deixá-la sem reação. Paloma morava
com a mãe – a empresária Dircelene Botelho Garcia (foto), de 51 anos – e o
padrasto em uma casa de três andares em Petrópolis, na Região Serrana
fluminense. Segundo a Polícia Civil, Paloma confessou o crime, que praticou
junto com o namorado, Gabriel Molter, de 26. Ele também está preso.
Ainda de acordo com a polícia,
Paloma alega que em 2017 engravidou do namorado e a mãe a obrigou a abortar.
Nos últimos meses, Dircelene
passou a notar o sumiço de dinheiro que escondia no próprio guarda-roupas. Por
isso, ela e o marido, o comerciante português Manoel da Silva, de 68 anos,
instalaram uma câmera oculta, voltada para o guarda-roupas. Essa câmera, que
Paloma desconhecia, permitiu à polícia esclarecer o crime, cometido no dia 2.
Naquele dia, o namorado de Paloma
entrou escondido na casa – a presença dele estava proibida pela mãe dela, desde
uma discussão ocorrida cerca de um ano atrás – e ajudou Paloma a imobilizar a
mãe. Como ela reagia, o casal usou formol para deixá-la zonza. Depois, a filha
tentou dar uma injeção de ar na mãe, para produzir uma embolia, mas não
conseguiu. Teria então recorrido à asfixia, segundo a polícia.
Antes de ficar entorpecida pelo
formol, a mãe teria pedido à filha para não ser morta. Quando a mãe disse “Não
me mata, filha, sou tua mãe e te amo”, a filha respondeu “Eu não tenho mãe”.
Esse foi o último diálogo entre elas, conforme a polícia.
O namorado de Paloma usou um
estetoscópio para confirmar que a mãe dela havia morrido. Depois, o casal
passou a alterar a cena do crime. Segundo a Polícia Civil, a filha chegou a
maquiar a mãe e a trancou no quarto, provavelmente saindo pela janela, para
levar à falsa conclusão de que a morte teria sido causada por um enfarte.
Quando o padrasto chegou em casa,
verificou que a porta estava trancada, entrou pela janela e encontrou a mulher
sem reação. Chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), cujos
profissionais constataram a morte, inicialmente por causa indeterminada. O
laudo médico constatou a asfixia. O casal está preso no Rio de Janeiro.
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