terça-feira, 16 de outubro de 2018

Menino cai de berço de creche na BA e fica sem enxergar e falar

Lucas Santos, de um ano e três meses, teve sequelas nos sistemas nervoso e central

Um menino de um ano e três meses caiu do berço de uma creche em Juazeiro, no norte da Bahia, e ficou com sequelas graves nos sistemas nervoso e central. Desde o incidente, em agosto deste ano, a criança não enxerga, não fala e tem dificuldades para comer.
Lucas Santos passou por um exame de corpo de delito, uma perícia foi realizada no local e testemunhas foram ouvidas. O caso foi registrado na delegacia da cidade e segue em investigação.
A proprietária da creche Cambalhota disse que Lucas descansava com outros cinco bebês quando a monitora e a diretora do estabelecimento precisaram se retirar do quarto. O menino teria acordado, pulado do berço e ficado com a cabeça presa entre dois berços.
A mãe de Lucas, disse que a dona da creche ligou para ela avisando que o bebê tinha passado mal e por isso havia sido levado para uma unidade de saúde.
O menino foi levado às pressas para o Hospital da Criança, em Juazeiro, e depois transferido para uma unidade médica em Salvador, através da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea.
Internado por 45 dias, Lucas foi diagnosticado com hipóxia – falta de oxigênio no cérebro entre 12 e 20 minutos. Por conta dos traumas e das sequelas nos sistemas nervoso e central de Lucas, os médicos questionaram a versão apresentada pela creche.
“Pode ser que isso dure para sempre, ninguém sabe. O médico não deu nenhum diagnóstico se ele vai ficar sem andar ou não. Tem possibilidade [do bebê voltar a andar]? Tem, mas ele disse que é muito difícil”, revelou a mãe.
A família da criança também reclama de falta de assistência por parte da creche com os custos com medicamentos, exames e consultas. A mãe do menino não poder trabalhar e tem de morar de favor na casa de uma prima do pai de Lucas.
A direção da creche se defende, diz que prestou todos os esclarecimentos e provas solicitados pela polícia e nega descaso. Segundo o estabelecimento, a família foi contactada várias vezes e nunca aceitou ajuda.

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