Sheron Chaves Monteiro, morta na
noite de sexta-feira, acompanhada pelo companheiro, Alex Alexandre Ferreira,
suspeito de tê-la queimado
Quatro mulheres foram vítimas de
feminicídio nos últimos dias em São Paulo. Todas foram mortas pelos
companheiros ou ex-namorados. O último crime ocorreu em Guarulhos, na Grande
São Paulo, na madrugada de domingo (14).
Ellen Bandeira, de 22 anos, mãe
de um menino de 3 anos, foi morta pelo ex-namorado, Richardson Johnison, com
quem se relacionou por 5 meses este ano. O crime foi cometido em uma casa no
bairro Parque Brasília.
Segundo a investigação, ele vinha
ameaçando Ellen de morte desde que ela rompeu o relacionamento, no meio do ano.
Richardson disparou cinco tiros
que ficaram marcados em vários pontos na sala. Um deles atravessou o tórax de
Ellen, que morreu a caminho do hospital.
Segundo informações, o assassino
foi procurar a ajuda da mãe que trabalha em uma igreja evangélica a menos de 1
quilômetro de onde o crime aconteceu. Segundo os amigos de Ellen, ela o
escondeu na igreja.
Os amigos ouviram que ele estava
roncando no andar de cima e entraram na igreja. Quando a polícia chegou, o
assassino estava apanhando. Em seguida, foi preso.
Richardson foi levado para o 4º
Distrito Policial de Guarulhos acusado de feminicídio. Ele já cumpriu pena em
2006 por roubo e porte ilegal de arma.
Quatro casos de feminicídio são
registrados em 3 dias
O feriado também foi marcado pela
morte de outras três mulheres vítimas de seus companheiros ou ex-maridos.
Em Sumaré, região de Campinas, um
engenheiro matou a ex-mulher e se suicidou num condomínio de luxo.
A segunda vítima foi Renata
Solange de Souza, de 35 anos. Ela estava numa praça no Campo Limpo, Zona Sul da
capital, com um sobrinho, na sexta-feira à noite.
Uma câmera de segurança gravou
quando o ex-marido dela parou o carro e atirou. José Manuel da Silva, de 47
anos, saiu do carro e atirou de novo. Ele foi preso e, segundo a polícia,
confessou o crime.
A terceira vítima foi Sheron
Chaves Monteiro, de 34. Ela foi queimada pelo companheiro Alex Alexandre
Ferreira, de 41 anos, no domingo passado, na casa do casal, em Parelheiros,
também na Zona Sul da capital.
Ela ficou internada até
sexta-feira, no Hospital do Grajau, quando morreu. O suspeito ainda não foi
preso.
Feminicídio - Desde 9 de
março de 2015, a legislação prevê penalidades mais graves para homicídios que
se encaixam na definição de feminicídio – ou seja, que envolvam "violência
doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de
mulher". Os casos mais comuns desses assassinatos ocorrem por motivos como
a separação.
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