Adélio Bispo de Oliveira deu uma
facada no candidato do PSL no início de setembro, em Minas Gerais
A revista “Veja” publicou em seu
site, nesta sexta-feira (12), trechos da reportagem que estará na edição
impressa da próxima quarta (17) em que teve acesso a um depoimento inédito em
vídeo prestado por Adélio Bispo de Oliveira à Polícia Federal.
Adélio atacou o candidato do PSL
com uma facada em 6 de setembro, durante campanha em Minas Gerais. Abaixo, veja
algumas explicações que o agressor de Bolsonaro deu à PF, que foram divulgadas
pela “Veja”, sobre o atentado.
MOTIVO DO ATENTADO - “Por
divergências ideológicas e respondendo às ameaças que ele tem feito, pelas
ideologias que ele acredita, por ameaças de morte… contra pessoas que têm
ideologias diferentes das dele. Dos muitos discursos. Discursos racistas,
quando fala de negros, quando fala de quilombolas. Tem muita coisa. Tem
discursos antissemitas. A gente já ouviu o discurso dele. Discursos contra o
povo árabe, basicamente como se todos fossem terroristas, como se o Brasil não
pudesse ter relacionamento com o povo árabe, enquanto temos um árabe governando
o país, um libanês (refere-se a Michel Temer)”.
O PLANEJAMENTO - “A
responsabilidade é inteiramente minha, de mais ninguém. (…) Me veio à cabeça.
Quando vi nos jornais que ele estaria (em Juiz de Fora). Dois, três dias antes,
eu acho. Nem acreditei. Já estava em cima. Resolvi jogar na loteria, digamos
assim. Talvez eu conseguisse, talvez eu não conseguisse (atacar Bolsonaro).”
EM NOME DA RELIGIÃO - “Essa
é a segunda razão pela qual eu fiz. Esse bom Deus, esse meu Deus que me ordenou
a fazer. O Bolsonaro… Ele é um impostor. É meio cristão, mas não é cristão… Está
tentando puxar o público evangélico, recrutar os evangélicos para ser o
presidente da República, mas ele é um impostor infiltrado pela maçonaria no
meio protestante. Ele não tem nada… Basta fazer uma pergunta para ele em
relação à Bíblia.”
A ARMA DO CRIME - “Parte
de um jogo que comprei, para uso doméstico. Tentei levá-la comigo (refere-se à
faca), escondida no corpo, escondida na roupa. Tava enrolada num papel de
jornal.”
NA HORA H - “Um pouco
antes, sim (refere-se ao fato de ter ouvido vozes), mas teve um momento que eu
quase desisti porque achei que seria impossível a aproximação. Era impossível
se aproximar. Quase desisti”.
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