quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Delegacias de Polícia voltam a registrar superlotação de presos na Grande Fortaleza

As delegacias de Caucaia e Maracanaú são as mais afetadas com a superlotação de presos

Cerca de 700 presos que deveriam estar nas unidades do Sistema Penitenciário permanecem superlotando os xadrezes das delegacias da Polícia Civil do Ceará. A situação de dezenas de detentos é grave. A transferência deles para os presídios não tem data definida, pois não há vagas disponíveis nas unidades carcerárias. Na Grande Fortaleza, as delegacias metropolitanas de Caucaia e Maracanaú são as mais afetadas com o acúmulo de presos em seus xadrezes.
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (Sinpoci), em junho deste ano o governo inaugurou uma nova unidade dentro do Sistema Penitenciário para absorver os presos das delegacias. “Mas, já lotou”. Há três semanas que não acontecem transferências de presos das delegacias para os presídios e isso agravou o problema.
Já a Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus), responsável por administrar o Sistema Penitenciário do Ceará, informa que, desde o começo do ano, os presídios da Região Metropolitana de Fortaleza registraram a entrada de 6.825 presos oriundos das delegacias. E confirmou que existe uma “fila de espera” que já está em cerca de 700 presos.

Facções - A Sejus informou, ainda, que em Fortaleza e municípios vizinhos, 23 delegacias da Polícia Civil tiveram suas carceragens desativadas com a transferência de todos os detentos para as unidades do Sistema Penitenciário.
A presença ou permanência de presos nas delegacias contribui para constantes fugas. A ação de organizações criminosas (facções) nos presídios impede a transferência de presos de grupos rivais de uma unidade para outra.

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