As delegacias de Caucaia e
Maracanaú são as mais afetadas com a superlotação de presos
Cerca de 700 presos que deveriam
estar nas unidades do Sistema Penitenciário permanecem superlotando os xadrezes
das delegacias da Polícia Civil do Ceará. A situação de dezenas de detentos é
grave. A transferência deles para os presídios não tem data definida, pois não
há vagas disponíveis nas unidades carcerárias. Na Grande Fortaleza, as
delegacias metropolitanas de Caucaia e Maracanaú são as mais afetadas com o
acúmulo de presos em seus xadrezes.
Segundo o Sindicato dos Policiais
Civis do Ceará (Sinpoci), em junho deste ano o governo inaugurou uma nova
unidade dentro do Sistema Penitenciário para absorver os presos das delegacias.
“Mas, já lotou”. Há três semanas que não acontecem transferências de presos das
delegacias para os presídios e isso agravou o problema.
Já a Secretaria da Justiça e da
Cidadania (Sejus), responsável por administrar o Sistema Penitenciário do
Ceará, informa que, desde o começo do ano, os presídios da Região Metropolitana
de Fortaleza registraram a entrada de 6.825 presos oriundos das delegacias. E
confirmou que existe uma “fila de espera” que já está em cerca de 700 presos.
Facções - A Sejus
informou, ainda, que em Fortaleza e municípios vizinhos, 23 delegacias da
Polícia Civil tiveram suas carceragens desativadas com a transferência de todos
os detentos para as unidades do Sistema Penitenciário.
A presença ou permanência de
presos nas delegacias contribui para constantes fugas. A ação de organizações
criminosas (facções) nos presídios impede a transferência de presos de grupos
rivais de uma unidade para outra.
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