Apontado pela Polícia como um dos
fundadores da organização criminosa Guardiões do Estado (GDE) e um dos
responsáveis pela 'Chacina das Cajazeiras', Auricélio Sousa Freitas, o 'Celim',
de 35 anos, será transferido para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no
Paraná. Outros três líderes da facção, também suspeitos de ordenar a maior
matança da história do Estado, aguardam decisão da Justiça Federal para também
serem encaminhados à unidade de segurança máxima.
A decisão foi proferida, no
último dia 7 de novembro, e recebida pela Justiça Estadual na última
quarta-feira (21). A defesa do preso alega que ele é inocente e não participa
de facção.
O pedido de transferência foi
formulado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da
Polícia Civil, e encaminhado ao Poder Judiciário em agosto deste ano. Os
investigadores relatam que o criminoso é uma liderança regional da facção, na
Capital, dominando as atividades ilícitas na Comunidade da Babilônia, no
Barroso.
'Celim' responde a dois processos
por homicídio, um por porte ilegal de arma de fogo e outro por organização
criminosa. Conforme as apurações, ele forneceu armas de fogo para homens de sua
confiança cometerem o massacre no 'Forró do Gago', no bairro Cajazeiras, que
vitimou 14 pessoas. Membros do Comando Vermelho (CV) estavam no local e seriam
o alvo dos executores, porém, as pessoas que acabaram executadas não tinham
antecedentes criminais, nem indícios de envolvimento com crimes. 'Celim' foi
preso pelo BPChoque da PM, em junho deste ano, na posse de um veículo blindado.
Outros líderes - A pedido
do DHPP, a 1ª Vara de Execução Penal e a 2ª Vara do Júri também solicitaram a
transferência de outras lideranças da GDE: Deijair de Souza Silva, o 'De Deus';
Noé de Paula Moreira, o 'Gripe Suína'; e Misael de Paula Moreira, o
'Psicopata'. Entretanto, a Justiça Federal ainda não encontrou vagas nas
unidades federais para o trio.
"A GDE é estruturada de
forma hierarquizada, com divisão de tarefas, em que seus integrantes praticam
os mais diversos crimes, como a mercancia de substâncias entorpecentes e
homicídios, objetivando a ampliação de seu raio de atuação e o aumento de seus
lucros advindos de suas práticas ilícitas", esclarece o DHPP.
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