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Agências de Milagres
A comissão especial designada pela Secretaria de Segurança do Ceará
para apurar o caso de Milagres, em que uma tentativa de assalto a bancos do
município terminou com 14 pessoas mortas após confronto entre polícia e
criminosos, terá prazo de 30 dias para apurar os fatos. Oito suspeitos de
participação no crime foram presos. Dos 14 mortos, seis eram reféns, sendo
cinco de uma mesma família. Uma sobrevivente afirma que os tiros que mataram os
reféns foram disparados pelos policiais.
Ao todo, 40 servidores, entre policiais civis e profissionais da
Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), vão atuar na comissão. Ao final do
prazo estabelecido, um relatório sobre o caso deve ser apresentado.
Vão trabalhar na comissão o diretor do Departamento de Polícia do
Interior Sul (DPI Sul) e presidente da comissão, delegado Ricardo Gonçalves
Pinheiro; o diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegado
Pedro Viana de Lima Júnior; o titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF),
Ricardo Romagnoli do Vale; o delegado do Departamento de Inteligência Policial
(DPI), Antônio Edvando Elias de França Júnior; o delegado regional de Brejo
Santo, Cristiano de Morais Pereira; e o delegado municipal de Milagres, Rogny
Rodrigues Silva Filho.
A Pefoce disponibilizou servidores de Fortaleza e de Juazeiro de Norte.
Entre eles estão o coordenador (em exercício) de Medicina Legal (Comel) e
médico perito legista, Juts Érico Cavalcante Dias; o coordenador de Perícia
Criminal (Copec) e perito criminal, Rômulo de Oliveira Lima; o coordenador (em
exercício) de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHPB) e perito
criminal, Antônio Rubens Lima Chaves; e a coordenadora de Análises
Laboratoriais Forenses (Calf) e perita criminal, Manuela Chaves Loureiro
Cândido.
'Fracasso' - O procurador-geral de Justiça do Ceará,
Plácido Rios, afirmou na tarde desta segunda-feira (10) que a operação policial
foi um “fracasso”.
"Não se está querendo criminalizar a atividade dos policiais, mas
buscar razões pelas quais aquela atividade fracassou. A operação foi um
fracasso sob todos os aspectos", disse.
Para o promotor, a polícia não respeitou os protocolos rigorosos de
atuação. "Não verificamos nenhum protocolo de zelo com a vida de
reféns", disse. "É uma atividade de altíssimo risco tanto para
policiais quanto para as pessoas envolvidas [na operação]. Conseguimos diminuir
os riscos quando seguimos protocolos rigorosos de atuação. O Brasil todo está a
nos cobrar respostas", acrescentou.
Policiais afastados - O governador do Ceará, Camilo Santana,
comunicou nesta segunda-feira (10) que 12 policiais que participaram do
tiroteio foram afastados das funções até a conclusão das investigações. Ainda
conforme o governador, a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de
Segurança Pública (CGD) abriu uma investigação preliminar para analisar a
conduta dos agentes.
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