O grupo responsável por matar uma jovem e manter outras seis pessoas
reféns em Pacajus, na Grande Fortaleza, na noite da última sexta-feira (21),
fez uma videoconferência com detentos de dentro de um presídio antes de cometer
o assassinato para identificar e escolher os possíveis alvos, segundo o titular
da Delegacia de Horizonte, André Firmino. Um casal foi preso e confessou o
crime. Outros três suspeitos estão sendo procurados.
Três homens e duas mulheres invadiram a residência, em um condomínio em
Pacajus, amarraram e amordaçaram as vítimas. Entre os reféns, estava um menino
de sete anos, e a jovem identificada como Mariane Chagas da Silva, de 18 anos,
que foi levada para um terreno e assassinada.
O objetivo dos criminosos era identificar membros de uma facção rival,
de acordo com André Firmino. Mariane da Silva foi apontada pelos detentos que
participaram da videoconferência como alvo. Antes de morrer, a jovem foi
torturada, teve as sobrancelhas raspadas e o cabelo cortado, informou o delegado.
O corpo dela foi encontrado com as mãos amarradas.
'Live' do crime - Testemunhas disseram à polícia que cerca
de seis presos se reuniram dentro do presídio, durante a videoconferência, para
decidir qual seria o alvo dos criminosos na residência. Após a decisão, três
dos suspeitos levaram Mariane para um terreno no mesmo bairro, onde
posteriormente a polícia encontrou o corpo. Um casal permaneceu na residência
mantendo os outros reféns.
"Os suspeitos confessaram
que mataram a adolescente porque ela já havia participado de situações que
resultaram em homicídio do grupo rival deles", afirmou o titular da Delegacia de Horizonte.
Vizinhos do local perceberam uma movimentação suspeita e acionaram a
polícia. Ao chegarem, policiais do Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações
Intensivas e Ostensivas (BPRaio) flagraram o casal ainda na residência. Os outros
suspeitos conseguiram fugir.
O homem e a mulher presos vão responder pelos crimes de tortura,
tráfico, cárcere privado, homicídio e associação criminosa.
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