Policiais foram encaminhados para
o presídio militar Romão Gomes
A corregedoria da Polícia Militar e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial
de Repressão ao Crime Organizado) da capital iniciaram na manhã desta
terça-feira (18) uma operação para prender policiais militares e integrantes da
facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Estão sendo cumpridos 86 mandados de busca e apreensão, 70 expedidos
pela Justiça Militar e 16 expedidos pela Justiça Comum, e 59 mandados de
prisão. Entre os alvos, 54 são policiais militares do 22º Batalhão e cinco são
supostos integrantes da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da
Capital).
As investigações da corregedoria da Polícia Militar apuraram o
envolvimento de policiais do 22º Batalhão com atividades ilícitas como
corrupção passiva, concussão, associação ao tráfico de drogas, integração de
organização criminosa, entre outras.
A operação, desencadeada em 19 municípios dos estados de São Paulo, Rio
de Janeiro e Minas Gerais, recebeu o nome de "Ubirajara" por ter se
iniciado no bairro que leva o mesmo nome, na zona sul da capital. A fase
Katrina, iniciada nesta terça-feira, se refere a um esquema de corrupção instalado
na zona sul da capital.
Participam da operação 450 policiais militares, dos quais 280
corregedores, 170 policiais militares, promotores de Justiça e agentes do
Ministério Público. A operação teve início no mês de fevereiro e reúne provas
decorrentes de mais de 82 mil ligações telefônicas interceptadas.
O inquérito está em segredo de justiça. A Polícia Militar afirmou
"não compactuar com ações praticadas por seus integrantes ou quaisquer
outros atos que atentem contra a disciplina e os valores e deveres militares,
sendo implacável na apuração para apresentar as provas ao poder judiciário e
para retirar da instituição os indignos de ostentar a sagrada bandeira do
Estado de São Paulo em seu uniforme." Todos os PMs presos serão levados
para o presídio Romão Gomes, no Tremembé, na Zona Norte de SP.
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