
Na manhã desta terça-feira (11),
a estudante, Elaine Gomes, 23 anos, voltou à Delegacia Regional de Polícia
Civil em busca de mais informações sobre a conclusão do inquérito e na
esperança de ser ressarcida do valor de R$ 192,00 pagos para inscrição e
matrícula no curso de Administração de Empresa. “Somente da nossa turma, seis
alunos foram enganados”, disse. “O meu sonho era cursar a faculdade, mas caímos
em um golpe e pelo o que o delegado falou dificilmente seremos ressarcidos porque
o professor não tem nada no nome dele”.
O delegado responsável pelo
inquérito, Wesley Alves, estima em R$ 10 mil o prejuízo causado em Iguatu
contra alunos, funcionários e a dona de uma casa alugada pelo acusado do golpe.
“Eu perguntei sobre o que ele fez com o dinheiro arrecadado dos alunos, mas ele
silenciou”, continuou o delegado. “Não há conta, nada no nome dele”.
O inquérito será concluído nesta
quinta-feira, 13, e encaminhado à Justiça, que determinou a prisão preventiva
do acusado, ou seja, sem prazo para sair da Cadeia Pública de Iguatu.
Pelo menos 15 alunos matriculados
no curso de Serviço Social, seis de Administração de Empresas e 25 de
Investigação Criminal foram enganados, além da proprietária da casa alugada
pelo acusado, funcionários e do dono de salas onde deveriam funcionar os cursos
de graduação.
Maciço do Baturité - O
acusado aplicou golpe semelhante em municípios do Maciço do Baturité. Em
Guaramiranga, o delegado apurou que cerca de 300 alunos foram enganados e em
Tamboril, cerca de 20 pessoas com prejuízo estimado de R$ 20 mil.
Investigação - De acordo
com a Delegacia Regional de Polícia Civil, o acusado chegou a Iguatu há cerca
de quatro meses com a proposta de ofertar cursos de nível superior. Ele alegava
ser proprietário da empresa Ieduc e que teria parcerias com faculdades renomadas,
como por exemplo a Unopar e Estácio.
Houve formação de turmas para os
cursos de Administração, Serviço Social e Investigação Criminal na modalidade à
distância e vários alunos se matricularam e efetuaram pagamentos.
Os alunos, entretanto, desconfiaram
da legitimidade desses cursos e descobriram que não havia nenhuma parceria
firmada entre as faculdades e a Ieduc. Os cursos não existiam de fato e os alunos
não estavam matriculados.
A Polícia Civil foi procurada
pelos alunos e iniciou uma investigação e constatou que o acusado não possuía
nenhum curso de nível superior e que realmente não havia nenhuma parceria
firmada entre a Ieduc e faculdades Estácio e Unopar.
Os alunos foram vítimas de um
golpe. O acusado foi preso em flagrante pelo crime de Estelionato (artigo 171
do Código Penal). Ele foi encaminhado para a Delegacia Regional de Polícia
Civil de Iguatu onde foi autuado em flagrante e depois foi encaminhado para a
Cadeia Pública local.
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