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O ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva
A Segunda Turma do Supremo
Tribunal Federal (STF) analisará nesta terça-feira (4) um novo pedido de
liberdade apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os advogados de Lula apresentaram
o pedido após Sérgio Moro, ainda como juiz responsável pela Lava Jato, aceitar
o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da
Justiça.
Compõem a Segunda Turma do STF os
ministros Edson Fachin (relator), Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Cármen
Lúcia e Gilmar Mendes.
Lula está preso desde abril deste
ano. O ex-presidente foi condenado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª
Região em um processo da Lava Jato – o TRF-4 confirmou a sentença de Sérgio
Moro.
Argumentos - A defesa de
Lula afirma que houve parcialidade de Sérgio Moro na condenação do petista,
comprovada pelo fato de Moro aceitar o convite de Bolsonaro para ser ministro.
Para a defesa de Lula, Moro
demonstrou "inimizade capital" e interesses além do processo ao
condenar Lula, no ano passado, por corrupção e lavagem de dinheiro, o que, no
entender dos advogados, deveria afastá-lo do processo.
Além da liberdade, Lula pede a
anulação de processos nos quais Sérgio Moro atuou.
A Procuradoria Geral da República
apresentou parecer contra a liberdade do ex-presidente e apontou que a defesa
faz "ilações frágeis" contra Sérgio Moro. Para a procuradora-geral,
Raquel Dodge, ao colocar o trabalho de Moro sob suspeição, a defesa tenta
atingir todo o Poder Judiciário.
O processo de Lula - No
entendimento de Moro e dos três desembargadores da 8ª Turma do TRF-4, Lula
recebeu da OAS um apartamento triplex em Guarujá (SP) em retribuição a
contratos firmados pela construtora com a Petrobras.
Desde o início das investigações,
Lula afirma ser inocente e diz que não é o dono do apartamento. A defesa do
ex-presidente alega que o Ministério Público não produziu provas contra ele,
acrescentando que o petista não cometeu crimes antes, durante ou depois do mandato
de presidente da República.
A condenação de Lula em segunda
instância, confirmando a condenação dada por Moro, levou o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) a rejeitar a candidatura do petista à Presidência neste ano.
Com isso, o PT substituiu Lula por Fernando Haddad, que perdeu para Bolsonaro.
O Supremo já negou ao menos
outros seis pedidos de liberdade feitos pelo ex-presidente Lula desde abril.
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