terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Baixo nível do reservatório do Orós reduz a safra irrigada de arroz

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O cultivo irrigado ocorre no segundo semestre de cada ano, entre julho e dezembro

Nas várzeas do açude Orós, o segundo maior do Ceará, na região Centro-Sul cearense, as máquinas e agricultores estão no campo concluindo a colheita de arroz irrigado. Diante do baixo nível de água no reservatório, desde 2015 está ocorrendo uma redução drástica da área de cultivo. Neste ano, chegou a 95%. Os produtores estimam também queda de 30% na safra em decorrência do ataque de lagarta.
O açude Orós acumula atualmente 5,5% de acordo com o Portal Hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). As águas estão distantes das tradicionais áreas de cultivo, localizadas nos municípios de Iguatu e Quixelô. Em 2014, o reservatório acumulava 50% de sua capacidade hídrica.

Produção - O cultivo irrigado nas várzeas do Orós ocorre no segundo semestre de cada ano, período em que dificilmente haverá chuvas e risco de a lavoura ser encoberta pelas águas. A colheita geralmente é iniciada em dezembro e concluída em janeiro. Durante a quadra chuvosa não há, portanto, produção da cultura de arroz.
A construção do reservatório foi concluída no início da década de 1960, mas foi nos anos de 1970 a 1990 que houve uma expansão do plantio de arroz, em áreas localizadas nos municípios de Iguatu e de Quixelô. A atividade gerou trabalho e renda, na região.
Já no século atual, a produção de arroz foi mantida, mas sofreu revés em decorrência do elevado custo de produção, necessidade de consumo elevado de água e queda no preço, fatores que inviabilizaram a continuidade do cultivo em larga escala.

Seca - O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Iguatu estima que a área de 300 hectares, que foi cultivada em 2014, quando o Orós acumulava cerca de 50%, reduziu-se para cerca de 60 hectares. A produção esperada para a atual safra é de apenas 150 toneladas.

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