O cultivo irrigado ocorre no
segundo semestre de cada ano, entre julho e dezembro
Nas várzeas do açude Orós, o segundo maior do Ceará, na região
Centro-Sul cearense, as máquinas e agricultores estão no campo concluindo a
colheita de arroz irrigado. Diante do baixo nível de água no reservatório,
desde 2015 está ocorrendo uma redução drástica da área de cultivo. Neste ano,
chegou a 95%. Os produtores estimam também queda de 30% na safra em decorrência
do ataque de lagarta.
O açude Orós acumula atualmente 5,5% de acordo com o Portal Hidrológico
da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). As águas estão distantes
das tradicionais áreas de cultivo, localizadas nos municípios de Iguatu e
Quixelô. Em 2014, o reservatório acumulava 50% de sua capacidade hídrica.
Produção - O cultivo irrigado nas várzeas do Orós
ocorre no segundo semestre de cada ano, período em que dificilmente haverá
chuvas e risco de a lavoura ser encoberta pelas águas. A colheita geralmente é
iniciada em dezembro e concluída em janeiro. Durante a quadra chuvosa não há,
portanto, produção da cultura de arroz.
A construção do reservatório foi concluída no início da década de 1960,
mas foi nos anos de 1970 a 1990 que houve uma expansão do plantio de arroz, em
áreas localizadas nos municípios de Iguatu e de Quixelô. A atividade gerou
trabalho e renda, na região.
Já no século atual, a produção de arroz foi mantida, mas sofreu revés
em decorrência do elevado custo de produção, necessidade de consumo elevado de
água e queda no preço, fatores que inviabilizaram a continuidade do cultivo em
larga escala.
Seca - O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Iguatu estima que a área de
300 hectares, que foi cultivada em 2014, quando o Orós acumulava cerca de 50%,
reduziu-se para cerca de 60 hectares. A produção esperada para a atual safra é
de apenas 150 toneladas.
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