segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Das 119 cadeias públicas no Ceará 27 serão fechadas

Cerca de 1.000 presos, de 27 unidades, já foram transferidos

Uma grande agitação tomou conta de algumas cidades no Ceará no último sábado, (12) onde todos os detentos foram transferidos para penitenciárias na região metropolitana de Fortaleza. Familiares e os próprios presos que não sabiam sobre a ação foram pegos de surpresa. A operação contou com dezenas de agentes e policiais que fizeram a escolta e transferência dos presos.
O Governo do Estado interditou 27 das 119 cadeias públicas do Estado. A informação é do secretário estadual de Administração Penitenciária, Luis Mauro Albuquerque. Elas foram fechadas e deverão ser desativadas.
 O número total de presos transferidos ainda está sendo contabilizado pela secretaria. Mauro Albuquerque estimou, no entanto, que, aproximadamente, 1.000 presos foram realocados em diversas unidades prisionais. A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) afirmou, por meio de assessoria de imprensa, que detalhes do processo não seriam repassados por questões de segurança.
O processo de desativação das cadeias públicas já havia sido iniciado no ano passado, mas foi intensificado neste mês com a chegada de Mauro Albuquerque e a nova política prisional do Estado.
A expectativa é fechar 80 cadeias publicas no total. Os presos transferidos e suas famílias deverão receber apoio jurídico e psicossocial da área técnica da Seap.
Entre as cadeias fechadas estão algumas unidades de grande porte como a Cigana (Caucaia). Na lista constam ainda Acaraú, Bela Cruz, Itapajé, Itarema, Jijoca de Jericoacoara, Morrinhos, Paracuru, Pentecoste, São Gonçalo do Amarante, São Luís do Curu e Paracuru.
De acordo com o secretário, as unidades foram fechadas por questão de segurança, uma vez que “não tinham estrutura de cadeia”.
Um dos problemas era a superlotação das unidades. Em dezembro do ano passado, 9.682 presos estavam nessas cadeias, que só tinham capacidade para 3.368.
A ideia do Governo do Estado é construir 14 presídios regionais para substituir as cadeias existentes. A primeira unidade regional, em Horizonte, está em fase de finalização.

Nenhum comentário:

Postar um comentário