A transposição do Rio São Francisco sofre nova ameaça em sua
continuidade. A lama de rejeitos de minério de ferro da barragem da Vale que
rompeu em Brumadinho (MG) deverá chegar à hidrelétrica de Três Marias, a
primeira do Rio São Francisco, a partir do dia 15 de fevereiro e poderá ser
mais um motivo de entrave das obras de transposição.
A previsão da chegada dos rejeitos ao Rio, é de pesquisadores do
Serviço Geológico do Brasil e da Agência Nacional de Águas (ANA) e foi
divulgada no primeiro boletim de monitoramento especial do Rio Paraopeba
produzido pelo órgão. O Rio Paraopeba é um dos principais afluentes do Rio São
Francisco. A onda de lama percorre o local a uma velocidade de 1 quilômetro por
hora, segundo o governo.
A esperança é que a usina de Retiro Baixo situada antes da chegada no
São Francisco retenha boa parte dos rejeitos. O volume total, porém, é incerto.
Assim como a quantidade de material que deve chegar a Três Marias.
O Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco montou uma sala de
situação para colher as informações oficiais. Os impactos são incalculáveis
devido os metais pesados que são arrastados pela lama. O desastre pode afetar
as populações dos estados que já utilizam as águas do rio, como Pernambuco,
Paraíba e Rio Grande do Norte e inclusive adiar ainda mais o andamento das
obras de Transposição das águas do Rio São Francisco para o Ceará.
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