
HELICÓPTERO com agentes federais
sobrevoa área do Presídio do Carrapicho, em Caucaia
O Governo do Estado interditou 27 das 119 cadeias públicas do Estado. A
informação é do secretário estadual de Administração Penitenciária, Luis Mauro
Albuquerque. Elas foram fechadas e deverão ser desativadas.
O número total de presos transferidos ainda está sendo contabilizado
pela secretaria. Mauro Albuquerque estimou, no entanto, que, aproximadamente,
1.000 presos foram realocados em diversas unidades prisionais. A Secretaria
Estadual de Administração Penitenciária (Seap) afirmou, por meio de assessoria
de imprensa, que detalhes do processo não seriam repassados por questões de
segurança.
O processo de desativação das cadeias públicas já havia sido iniciado
no ano passado, mas foi intensificado neste mês com a chegada de Mauro
Albuquerque e a nova política prisional do Estado.
Entre as cadeias fechadas estão algumas unidades de grande porte como a
Cigana (Caucaia). Na lista constam ainda Acaraú, Bela Cruz, Itapajé, Itarema,
Jijoca de Jericoacoara, Morrinhos, Paracuru, Pentecoste, São Gonçalo do
Amarante, São Luís do Curu e Paracuru.
De acordo com o secretário, as unidades foram fechadas por questão de
segurança, uma vez que "não tinham estrutura de cadeia".
Um dos problemas era a superlotação das unidades. Em dezembro do ano
passado, 9.682 presos estavam nessas cadeias, que só tinham capacidade para
3.368. Na última quarta-feira, os 23 presos da cadeia pública de Pacoti fugiram
da unidade. Na vistoria realizada após a ação, policiais apreenderam armas de
fogo, balança de precisão, receptor de sinal de TV e descobriram até mesmo uma
plantação de maconha no terreno ao lado da unidade. A cadeia seria conhecida
como fornecedora de drogas da região.
A ideia do Governo do Estado é construir 14 presídios regionais para
substituir as cadeias existentes. A primeira unidade regional, em Horizonte,
está em fase de finalização.
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