Maior massacre da história do
Ceará completa um ano neste domingo
Maior chacina da história do Ceará, o Massacre das Cajazeiras, como
ficou conhecido, completa um ano neste domingo (27). 365 dias se passaram desde
que 14 vítimas foram brutalmente executadas no “Forró do Gago“. Entre elas,
pessoas sem nenhum tipo de relação com organizações criminosas. Desde então, a
comunidade tenta retomar a rotina, apesar da insegurança.
Durante a investigação e coleta de depoimentos, o dono do clube se
apresentou à Polícia Civil. Na época, a defesa de José Cleidiano Girão Nobre,
como foi identificado, informou à imprensa que o local onde a chacina aconteceu
seria transformado em uma igreja evangélica. Um ano depois, o palco do massacre
se transformou em um templo religioso.
A Igreja Santuário da Palavra de Deus realiza três cultos semanais,
quase todos às 19h. As celebrações acontecem às quartas, sextas-feiras e
domingo. No fim do ano passado, o templo passou por uma reforma.
Chacina foi aprovada por
“conselho” de facção - O
relatório final da investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à
Pessoa (DHPP), divulgado meses após a chacina, mostrou que o massacre foi
discutido em “conselho” formado pelos líderes de uma organização criminosa
local. O bairro Cajazeiras, conforme o depoimento de um integrante, era
dominado pela facção há dois anos antes do massacre, mas o “Forró do Gago”
estava sendo utilizado para festas patrocinadas por um grupo criminoso carioca.
A comunidade nega que a casa de shows tenha relação com o crime organizado, mas
testemunhas apontam o contrário. Um vídeo gravado minutos antes da chacina
mostra os frequentadores cantando uma música que enaltecia uma facção.
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