Armas, carregadores e coletes
apreendidos pela polícia paraguaia com os dois homens que são suspeitos de
participarem da tripla execução em Zanja Pytã
Em um novo capítulo da guerra pelo comando do tráfico de drogas na
região de fronteira entre o Paraguai e o Brasil, três homens foram executados
na noite do último sábado (9), na cidade paraguaia de Zanja Pytã, divisa com o
distrito de Sanga Puitã, em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul. Poucas horas depois
do crime, dois suspeitos, fortemente armados, foram presos.
A fronteira do Brasil com o Paraguai, na região sul de Mato Grosso do
Sul, sempre foi marcada por execuções, tiroteios, tráfico de drogas e armas. O
local é uma das principais portas de entrada de entorpecentes e armas de grosso
calibre no país.
A característica violenta da região ganhou ares de guerra nos últimos
anos com a disputa pelo controle do local entre facções criminosas.
Segundo a polícia paraguaia, a execução deste sábado ocorreu por volta
das 21h (de MS). As três vítimas, o paraguaio César Ortiz Zorrilla, de 38 anos
e os brasileiros Alessandro Núnez de Moura e Gabriel Zaracho Moura, estavam
dentro de um carro parado em frente uma conveniência, próxima a linha
internacional que separa o Paraguai do Brasil, quando vários homens desceram de
uma caminhonete e começaram a fazer disparos contra eles.
Zorrilla, que seria o alvo principal dos atiradores, ainda teria sacado
uma arma para tentar se defender, mas não conseguiu e acabou morrendo junto com
os dois brasileiros. A polícia do país vizinho investiga se o paraguaio seria
integrante do grupo do traficante brasileiro Jarvis Pavão.
Pavão é apontado pela Polícia Federal como um dos maiores fornecedores
de cocaína do Brasil. Ele foi extraditado do Paraguai para o Brasil em 28 de
dezembro de 2017. No país vizinho cumpria pena de oito anos de prisão desde
2009, por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. No Brasil ele está cumprindo
17 anos e 8 meses de prisão no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande,
também por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
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