domingo, 10 de fevereiro de 2019

Guerra do tráfico - 3 são mortos na fronteira do Paraguai com o Brasil

Armas, carregadores e coletes apreendidos pela polícia paraguaia com os dois homens que são suspeitos de participarem da tripla execução em Zanja Pytã, na noite de sábado (9) — Foto: Dirección de Investigacion de Hechos Punibles/Divulgação
Armas, carregadores e coletes apreendidos pela polícia paraguaia com os dois homens que são suspeitos de participarem da tripla execução em Zanja Pytã

Em um novo capítulo da guerra pelo comando do tráfico de drogas na região de fronteira entre o Paraguai e o Brasil, três homens foram executados na noite do último sábado (9), na cidade paraguaia de Zanja Pytã, divisa com o distrito de Sanga Puitã, em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul. Poucas horas depois do crime, dois suspeitos, fortemente armados, foram presos.
A fronteira do Brasil com o Paraguai, na região sul de Mato Grosso do Sul, sempre foi marcada por execuções, tiroteios, tráfico de drogas e armas. O local é uma das principais portas de entrada de entorpecentes e armas de grosso calibre no país.
A característica violenta da região ganhou ares de guerra nos últimos anos com a disputa pelo controle do local entre facções criminosas.
Segundo a polícia paraguaia, a execução deste sábado ocorreu por volta das 21h (de MS). As três vítimas, o paraguaio César Ortiz Zorrilla, de 38 anos e os brasileiros Alessandro Núnez de Moura e Gabriel Zaracho Moura, estavam dentro de um carro parado em frente uma conveniência, próxima a linha internacional que separa o Paraguai do Brasil, quando vários homens desceram de uma caminhonete e começaram a fazer disparos contra eles.
Zorrilla, que seria o alvo principal dos atiradores, ainda teria sacado uma arma para tentar se defender, mas não conseguiu e acabou morrendo junto com os dois brasileiros. A polícia do país vizinho investiga se o paraguaio seria integrante do grupo do traficante brasileiro Jarvis Pavão.
Pavão é apontado pela Polícia Federal como um dos maiores fornecedores de cocaína do Brasil. Ele foi extraditado do Paraguai para o Brasil em 28 de dezembro de 2017. No país vizinho cumpria pena de oito anos de prisão desde 2009, por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. No Brasil ele está cumprindo 17 anos e 8 meses de prisão no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande, também por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário