Médico cubano Yuniel Reynaldo
Gonzalez e a namorada
Desempregados e sem renda. É essa a situação de muitos médicos cubanos
que preferiram permanecer no Brasil após o rompimento do contrato com o
Programa Mais Médicos, em novembro do ano passado, por iniciativa do governo
cubano.
No município de Várzea Alegre, dois profissionais cubanos vivenciam
momentos de incertezas. O sonho de continuar exercendo a profissão no Brasil
começa a virar pesadelo. Os relacionamentos afetivos e a esperança de uma vida
financeira mais confortável, são os principais motivos de quem resolveu ficar
no Brasil.
É o caso do médico Yuniel Reynaldo Gonzalez, de 35 anos, que resolveu
ficar, e está morando com a família da namorada no sítio Santa Rosa, na zona
rural de Várzea Alegre. Ele recebia do governo cubano R$ 2.975 e mais R$ 3 mil
do Município, e um contrato de 3 anos. "Não sei como vai ficar a situação,
se haverá vagas para os médicos ainda sem o CRM e quando terá prova do
revalida".
Além de Yuniel Gonzalez, outra profissional cubana, que pediu para não
ser identificada, enfrenta os mesmos obstáculos. Ela chegou em Várzea Alegre em
2013, casou-se em 2016 e também decidiu ficar no Brasil. Ela agora vive, ao
lado do marido, a angústia e o risco de não ser contratada no Mais Médicos e a
indefinição de quando o Governo Federal vai realizar a prova do Revalida.
Considerados desertores pelo país natal, só poderão voltar a Cuba após
oito anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário