Os reféns foram baleados quando
estavam em caminhonetas tomadas pelo bando
Os seis reféns mortos durante uma operação da Polícia Militar do Ceará
na cidade de Milagres, na madrugada do dia 7 de dezembro do ano passado, foram
atingidos por tiros de fuzis da PM. A constatação está nos laudos cadavéricos
produzidos pela Perícia Forense do Estado (Pefoce) e anexados aos autos das
investigações que vem sendo realizada pela Polícia Civil. Sobre esta conclusão,
o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, André Costa, informou não
ter autorização para falar do assunto.
O fato ocorreu quando a Polícia montou um cerco em Milagres diante da
informação de que uma quadrilha de assaltantes interestadual iria atacar duas
agências bancárias simultaneamente. No
total, 36 policiais militares, a maioria considerada atiradores de elite, do
Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), se dividiram em três grupos (12 em
cada) e tomaram posições estratégicas na cidade.
Contudo, antes de entrar em Milagres para a consumação dos assaltos aos
bancos, os criminosos fizeram reféns em duas caminhonetas na BR-116 e seguiram
adiante com o plano. No entanto, nas proximidades da agência do Banco do
Brasil, os dois veículos foram atingidos por vários tiros. Seis reféns que
estavam rendidos pela quadrilha acabaram mortos ainda dentro dos dois veículos.
Vítimas - Os seis reféns mortos foram identificados
como: João Batista de Sousa Magalhães, 46 (natural de Serra Talhada/PE),
Vinícius de Sousa Magalhães, 16 (natural de Serra Talhada/PE), Claudinete
Campos de Sousa, 41 (natural de São José do Belmonte/PE), Cícero Tenório dos
Santos, 60 (natural de Maceió/AL), Gustavo Tenório dos Santos, 13 (natural de
São Paulo/SP) e Francisca Edineide da Cruz dos Santos, 49 (natural de Brejo
Santo/CE).
Também morreram oito criminosos, sendo cinco deles identificados como:
Mackson Júnior Serafim da Silva, 26 (natural de Capela/SE), Lucas Torquato
Loiola Reis, 18 (natural de Delmiro Gouveia/AL), Manoel da Silva, vulgo Eraldo,
44 (natural de Alagoas/AL), Claudevan Santana de Aquino, 26 (natural de
Alagoas) e Rivaldo Azevedo Santos, 22 (natural de Alagoas).
Os policiais militares cearenses que participaram da operação foram
afastados das funções por ordem do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e
são investigados através do inquérito policial instaurado pela Polícia
Judiciária (Civil), e através de uma sindicância aberta na Controladoria Geral
de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD).
VEJA MAIS IMAGENS DO FATO
Uma das caminhonetas foi alvejada
próximo ao Banco do Brasil
Equipes do GATE participaram do
cerco aos criminosos
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