Foragido de penitenciária em
Pernambuco, Erison Francisco do Nascimento foi preso em resort no Rio Grande
Norte
Um homem de 33 anos procurado em Pernambuco e presente na Difusão Vermelha
da Interpol foi preso na tarde da última quinta-feira (21), em um resort no Rio
Grande do Norte. De acordo com a Polícia Federal (PF), o preso é fundador de
uma facção criminosa e estava envolvido na explosão do muro da Penitenciária
Barreto Campelo, em Itamaracá, no Grande Recife, em 2016, para a fuga de
detentos.
Segundo a PF, Erison Francisco do Nascimento vivia uma vida de luxo nos
locais em que se hospedava. Gastando dinheiro com produtos de valor elevado,
ele costumava alugar carros em nome de terceiros para dificultar a identificação
de sua localização.
No momento em que foi preso, o homem usava um documento de identidade
falso. Ao perceber a presença dos policiais, o homem reagiu e apontou uma arma
para o efetivo policial, mas foi baleado na perna pelas equipes.
O preso foi levado a um hospital para receber atendimento médico e, na
manhã desta sexta (22), está sob custódia na sede da PF no Rio Grande no Norte,
onde fica à disposição da Justiça.
Envolvimento em crimes - De acordo com a PF, o preso já havia sido
detido em março de 2007 por porte ilegal de armas e tráfico de drogas. Em abril
de 2008, foi preso novamente por porte ilegal de armas, tráfico de drogas e
resistência à prisão.
Em 2016, esteve envolvido na fuga de 53 presos da Penitenciária Barreto
Campelo, em Itamaracá, onde havia uma embarcação esperando na maré para
colaborar com a fuga de alguns dos detentos.
Homem participou de fuga em massa
de detentos na Penitenciária Barreto Campelo em 2016
Em março de 2019, a Polícia Militar de Pernambuco prendeu seis
integrantes da facção criminosa de que o homem fazia parte. Na ação, também
foram apreendidos dois fuzis, uma metralhadora, sete pistolas de calibres
restritos, carregadores e munições, além de 60 tabletes de maconha.
O preso, segundo a PF, é responsável pelo abastecimento de pasta base
de cocaína e de maconha oriundas da Bolívia e do Paraguai, na Zona Sul do
Recife.
Depois de fugir do Grande Recife, o preso firmou residência nos dois
países em momentos distintos, onde conheceu fornecedores de drogas e,
mensalmente, enviava 60kg de pasta base de cocaína e uma tonelada de maconha. A
droga era descarregada no Ibura, na Zona Sul do Recife.
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