Liderança morta no Pará entregou,
em 2011, pedido de atenção a atingidos por barragens à então presidente Dilma
Rousseff
A líder rural Dilma Ferreira Silva, que atuava no Movimento dos
Atingidos por Barragens (MAB) no Pará, é uma das vítimas de um triplo homicídio
ocorrido em uma casa no assentamento Salvador Allende, zona rural de Baião e a
60 km de Tucuruí, no sudeste do Pará. As vítimas foram amarradas, amordaçadas e
esfaqueadas, segundo as investigações.
O corpo de Dilma foi encontrado em uma cama. O maranhense Claudionor
Amaro Costa da Silva, 42, esposo dela, e um conhecido do casal, Hilton Lopes,
38, foram encontrados mortos na entrada da residência, onde funcionava um
mercado, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup). A
casa estava toda revirada, quando policiais da Seccional de Tucuruí chegaram ao
local.
A Segup informou que as investigações devem ser conduzidas pela
Superintendência de Tucuruí, com auxílio ao Núcleo de Apoio à Investigação.
As motivações do crime ainda estão sendo investigadas. Testemunhas
disseram que viram seis homens chegarem no local do crime e quando voltaram, o
crime já havia ocorrido.
De acordo com o MAB, Dilma era coordenadora regional do MAB em Tucuruí.
Segundo o movimento, em 2011 ela participou de uma audiência com a então
presidente Dilma Rousseff, quando entregou documento pedindo um política
nacional de direitos para os atingidos por barragens e atenção especial às
mulheres atingidas.
Em nota, o movimento disse que o assassinato é um "momento triste
para a história dos atingidos (...) que no dia de hoje celebravam o dia
internacional da água" e pediu apuração rápida das autoridades, além de
medidas de segurança para os atingidos por barragens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário