No início deste mês, o
reservatório estava com 5,2% e agora atingiu o índice de 8,14%
O Açude Orós, segundo maior reservatório do Ceará, que estava em
processo de seca, recebeu nos últimos 15 dias recarga de 55 milhões de metros
cúbicos. O acréscimo de 3% na capacidade alivia o quadro de agonia da região.
No início deste mês, o Orós estava com 5,2% e agora chega a 8,14%. Na coluna de
água, houve um aumento de 2,64 metros.
A recarga decorre da cheia do Rio Jaguaribe que recebe água da região
dos Inhamuns e de parte do Cariri cearense por meio do Rio Cariús. A
preocupação, entretanto, permanece porque, na cidade de Iguatu, o nível do rio
vem baixando nos últimos três dias.
O temor dos técnicos é que o Orós acumule menor volume de água no
início do segundo semestre deste ano em comparação com igual período do ano
passado. Em 1º de julho de 2018, o Açude Orós acumulava 9,1%.
Maio, que é o último mês da quadra de chuva, tem média pluviométrica
reduzida: 90,1 mm. É praticamente a metade do que é esperado para abril (188
mm). O Açude Orós tem papel importante no abastecimento das cidades de Orós,
Icó, Jaguaribe e Jaguaretama, além de dezenas de localidades rurais e
distritos. São milhares de famílias da região que dependem das águas do
reservatório.
O baixo volume de água no Orós afetou drasticamente a atividade de
pesca artesanal e a produção de tilápia em gaiolas. A piscicultura, no período
de 2011 a 2013, movimentou a economia local, gerou emprego e renda para 700
famílias nos municípios de Orós e Quixelô. A produção média mensal era de 450
toneladas, mas hoje é menos de um por cento deste total.
Para a atividade ser retomada é necessário que o açude acumule pelo
menos 50% de seu volume.
Os piscicultores e pescadores artesanais estão paralisados e não há
perspectiva de retomada da atividade produtiva neste ano.
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