As regiões mais afetadas de
Madalena são as localidades de Pau Ferro e Paus Brancos
A uma semana para o último mês da quadra chuvosa, diversos municípios
amargam chuva abaixo da média histórica. Essas cidades, sobretudo das regiões
do Inhamuns e Sertão Central, destoam da maioria dos municípios do Estado que
teve bons volumes pluviométricos ao longo da quadra chuvosa, período
compreendido entre os meses de fevereiro e maio.
A equação é simples e um tanto quanto cruel: pouca água, muito
prejuízo. O homem do campo sobrevive da lavoura. E o plantio se mantém com as
chuvas. O resultado é dezenas de agricultores desolados. O impacto, no entanto,
vai além dos limites da zona rural. A economia nas pequenas e até médias
cidades é movida com o dinheiro advindo da agricultura. Quando um elo se quebra,
todo o ciclo fica afetado.
Madalena, no Sertão cearense, foi a cidade com menor volume observado
até dia 20. Conforme a Funceme, foram apenas 297,7 mm, o que representa pouco
menos da metade da média esperada. Tururu, por sua vez, figura com o maior
desvio negativo dentre os 184 municípios do Estado. O órgão verificou 344,5 mm,
o que sinaliza desvio de 62.1%.
Prejuízos - Em três municípios (Acopiara, Saboeiro e
Tauá) da região dos Inhamuns, a perda de plantio é estimada pela Ematerce em
mais de 60%. Porém, até o fim da quadra chuvosa, esse índice tende a aumentar.
Em Tauá, uma das áreas mais críticas é o distrito de Carrapateiras. No sítio
Altamira, o cultivo de sequeiro (aquele que depende exclusivamente da chuva)
foi totalmente perdido.
Os pequenos açudes estão com reduzido volume de água. O quadro é
desolador para os produtores rurais. “A perda da safra de grãos (milho e
feijão) vai ser acentuada em Acopiara e Saboeiro”, observa o gerente regional
do escritório da Ematerce, em Iguatu, Joaquim Virgolino Neto. “Muitos
agricultores sequer plantaram. As sementes estão guardadas em casa”.
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