quarta-feira, 3 de abril de 2019

Chefe de milícia preso é transferido por suspeita de ter PM como informante

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Chefe da milícia de Rio das Pedras preso no fim de janeiro, Maurício Silva da Costa, o Maurição, foi transferido por determinação judicial do Batalhão Especial Prisional para o Complexo de Gericinó. O motivo: o Serviço de inteligência do Ministério Público afirma que, mesmo atrás das grades, ele recebia de forma irregular informações de um parente, que também é policial militar.
Tenente reformado, Maurição foi preso na Operação Intocáveis, assim como outras lideranças da mesma milícia, entre eles o major Ronald Paulo Alves Pereira.
O "garoto de recados" estaria levando e trazendo informações em visitas ao Batalhão Especial Prisional (BEP), o presídio onde geralmente ficam os agentes militares. Na decisão judicial, o familiar não foi identificado.
O relatório de inteligência indica que o parente do miliciano estaria levando informações de dentro da comunidade para os detentos, visando constranger moradores de Rio das Pedras que estivessem colaborando com as investigações.

Outro chefe da milícia está foragido - Em janeiro, Maurício e Ronald foram presos por envolvimento com grilagem de terra, construção, venda e locação ilegal de imóveis, receptação de carga roubada, posse e porte ilegal de arma de fogo, extorsão a moradores e comerciantes, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos públicos, agiotagem e homicídio qualificado.
O Ministério Público aponta o também policial Adriano Magalhães da Nóbrega como o terceiro chefe do grupo. Ele está foragido.
O major Ronald foi homenageado em 2004 pelo deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que propôs uma moção de louvor a ele na Assembleia Legislativa do RJ (Alerj). O ex-capitão Adriano da Nóbrega recebera a mesma homenagem do filho do presidente um ano antes.
No ano passado, Ronald e Adriano chegaram a ser ouvidos pela Delegacia de Homicídios como testemunhas no inquérito que apura as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.

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