Ponte sobre o rio Jaguaribe em
Iguatu
No sertão cearense, rios cheios e açudes sangrando atraem milhares de
pessoas. Muitos, porém, não se contentam apenas em apreciar a nova paisagem
formada pelas intensas chuvas. O banho, nestes casos, é perigoso e pode se
tornar fatal.
O aumento do volume das águas é proporcional ao acréscimo do número de
vítimas por afogamento. Nos primeiros 100 dias deste ano, foram registrados,
pelo menos, 12 mortes no Estado. Deste total, quatro ocorreram em açudes
públicos e particulares em municípios da região Centro-Sul. A mesma quantidade
de óbitos que fora registrada durante todo o ano passado na região.
As duas últimas mortes, no Centro-Sul, aconteceram no início desta
semana. O Corpo de Bombeiros de Iguatu encontrou dois homens que morreram
afogados nas águas do Jaguaribe. Eles tinham 42 anos – Risadinha e Aurilo - e
foram achados a quase 1 Km de distância de onde tinham sido arrastados pela
correnteza.
No último fim de semana, três pessoas morreram afogadas. Na cidade de
Miraíma, o corpo de um homem de 40 anos foi encontrado boiando no açude do
Município. Em Aracati, um homem de 26 anos se afogou próximo à Praia de
Parajuru. E, em Palhano, um jovem de 18 anos morreu ao pular de uma ponte e
bater a cabeça em pedras, num rio que corta a cidade.
Já no início do mês, dois homens morreram depois de o carro onde
estavam ser arrastado durante a travessia de uma passagem molhada sobre o
riacho Altamira, na divisa do Ceará com o Piauí.
Alerta - O comandante do 4º Grupamento de Bombeiros
da 1ª Seção de Combates a Incêndios de Iguatu, tenente-coronel Nijair Araújo,
chamou a atenção dos pais de crianças e adolescentes e dos adultos para evitar
pulos do alto das pontes e de paredes de reservatórios, além de travessias
longas. "Não sabemos o que temos
embaixo da água, pode haver galhos ou outros objetos. Geralmente, os que morrem
afogado sabiam nadar, mas não estavam com bom condicionamento físico e não conseguiram
concluir a travessia".
Nijair Araújo disse que os policiais militares e os bombeiros não têm
como fiscalizar 24 horas todos os dias os locais que atraem banhistas. O
comandante dos Bombeiros também orientou que as pessoas despreparadas não
tentem socorrer diretamente a pessoa, corpo a corpo, que está se afogando. "Em vez de um óbito, podemos ter
dois".
As chuvas atraem banhistas para momentos de lazer nos fins de semana.
Há mistura de bebidas alcoólicas, comidas e relaxamento com os cuidados com as
crianças e adolescentes.
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