O mais recente mapa do Monitor de Secas do Nordeste aponta que o Ceará
fechou março de 2019 sem níveis de seca extrema e excepcional no seu
território. A pequena faixa de seca extrema (de cor vermelha), que existia em
março do ano passado, desapareceu após as precipitações do início do ano. Outro
dado é que a área sem seca relativa aumentou em relação a março de 2018. A área
de cor branca no mapa ano passado era de 25,48% e o espaço deste ano, no mesmo
período, passou a ocupar 59,71% do território cearense.
Os resultados foram elaborados pela Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (Funceme) em conjunto com outros institutos de meteorologia
do Nordeste e coordenado pela Agência Nacional das Águas (ANA).
Em 2018, a área de seca fraca (de cor amarela no mapa) incluía
municípios das regiões da Ibiapaba, Central e se estendia até o Litoral Leste.
Neste ano, no mesmo período, essa faixa de seca fraca diminuiu sua extensão,
desceu e se estende em menor faixa de parte do Sertão do Crateús até a Região
do Vale do Jaguaribe. O mesmo aconteceu com a seca moderada, que deixou parte
da Região da Ibiapaba e se concentrou nas regiões do Sertão do Crateús e
Inhamuns e Centro-Sul.
No entanto, o maior destaque vale para a diminuição da seca grave
(laranja). No mapa de março de 2018, a área correspondia quase a metade do
estado. Incluía as regiões do Cariri, Vale do Jaguaribe, parte do
Litoral-Leste, Centro-Sul, Central e Crateús e Inhamuns. O mesmo mapa em 2019 a
área corresponde apenas uma pequena faixa da Região do Cariri.
Tipos de seca - A seca fraca, segundo o Monitor das Secas,
ocasiona a diminuição do plantio e crescimento de pastagens. Os municípios
pertencentes a esta faixa começam a apresentar déficits hídricos prolongados e
o plantio quase não são recuperados.
A seca moderada ocasiona perda de córregos, reservatórios ou poços com
níveis baixos, algumas faltas de água em desenvolvimento. A seca severa
representa perda total das pastagens programadas, escassez de água e restrições
de água impostas. E a seca extrema gera grandes perdas das pastagens e a
escassez de água é generaliza.
E a seca excepcional, gera perda total das plantações, escassez de água
nos reservatórios, córregos e poços de água, criando situações de emergência.
Açudes em situação crítica - Apesar da boa quadra chuvosa, a situação
dos principais açudes do estado está crítica. O número de açudes no estado que
atingiram 100% da capacidade é de 32. Outros 35 açudes estão com sua capacidade
acima de 90%. Por outro lado, existem 78 reservatórios que estão com volume inferior
a 30%, segundo a Cogerh.
O Castanhão está com volume de 5,10%. O Orós, segundo maior
reservatório do estado, tem atualmente 8,26% da capacidade. E o açude Banabuiú
está com 7,50%. Os dados são da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos
(Cogerh).
Onde havia águas, a imensidão
azul sem fim ficou um risco no chão e poeira. Situação atual assusta pescadores
no Açude Castanhão
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