quarta-feira, 17 de abril de 2019

Levantamento da Cogerh aponta 11 pequenos barramentos no rio antes do açude Trussu

Levantamento feito pelo escritório regional em Iguatu da Companhia de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Cogerh) mostra que há 11 pequenos barramentos no Rio Trussu, antes do principal reservatório que é o açude Roberto Costa (Trussu), localizado no distrito de Suassurana, em Iguatu.
O açude Trussu segue o sétimo ano sem recarga significativa de água. O volume atual do reservatório estratégico para abastecimento das cidades de Iguatu e Acopiara é de apenas 3,6%. Há um ano, o volume era de 7,5%. Em doze meses por evaporação e consumo perdeu cerca de 4%.
Na atual quadra chuvosa, o açude praticamente não obteve recarga. Em 1º de fevereiro estava com 3,9%.
A situação do açude Trussu é considerada crítica. O reservatório deve secar totalmente até dezembro, caso não ocorra recarga, mas a água antes ficará imprestável para o consumo.
A última vez que o Trussu sangrou foi em 2011, durante a quadra chuvosa, quando atingiu até junho 100% de sua capacidade. A partir de 2012 começou a perder volume. Em maio de 2012 estava com 95%.

E qual o impacto desses 11 barramentos na recarga do reservatório

O chefe do escritório regional da Cogerh, em Iguatu, Anatarino Torres explica que é insignificante. “Esses onze barramentos acumulam apenas 300 mil metros cúbicos, ou seja 0,01% da capacidade do Trussu, que daria apenas para cinco dias de abastecimento de Iguatu e Acopiara com perda também por evaporação”.
Neste ano, a água que escorreu no Rio Trussu foi suficiente apenas para encher dez dos 11 reservatórios. O último continua totalmente seco.
Nos últimos sete anos não têm ocorrido boas chuvas na faixa que beneficia o açude em áreas dos municípios de Iguatu, Saboeiro, Jucás, Acopiara e Catarina, que integram a bacia hidrográfica do reservatório.

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