Levantamento feito pelo escritório regional em Iguatu da Companhia de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (Cogerh) mostra que há 11 pequenos
barramentos no Rio Trussu, antes do principal reservatório que é o açude
Roberto Costa (Trussu), localizado no distrito de Suassurana, em Iguatu.
O açude Trussu segue o sétimo ano sem recarga significativa de água. O
volume atual do reservatório estratégico para abastecimento das cidades de
Iguatu e Acopiara é de apenas 3,6%. Há um ano, o volume era de 7,5%. Em doze meses
por evaporação e consumo perdeu cerca de 4%.
Na atual quadra chuvosa, o açude praticamente não obteve recarga. Em 1º
de fevereiro estava com 3,9%.
A situação do açude Trussu é considerada crítica. O reservatório deve
secar totalmente até dezembro, caso não ocorra recarga, mas a água antes ficará
imprestável para o consumo.
A última vez que o Trussu sangrou foi em 2011, durante a quadra
chuvosa, quando atingiu até junho 100% de sua capacidade. A partir de 2012
começou a perder volume. Em maio de 2012 estava com 95%.
E qual o impacto desses 11
barramentos na recarga do reservatório
O chefe do escritório regional da Cogerh, em Iguatu, Anatarino Torres
explica que é insignificante. “Esses onze barramentos acumulam apenas 300 mil
metros cúbicos, ou seja 0,01% da capacidade do Trussu, que daria apenas para
cinco dias de abastecimento de Iguatu e Acopiara com perda também por
evaporação”.
Neste ano, a água que escorreu no Rio Trussu foi suficiente apenas para
encher dez dos 11 reservatórios. O último continua totalmente seco.
Nos últimos sete anos não têm ocorrido boas chuvas na faixa que
beneficia o açude em áreas dos municípios de Iguatu, Saboeiro, Jucás, Acopiara
e Catarina, que integram a bacia hidrográfica do reservatório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário