Soldado Hudson e subtenente
Herbênio foram mortos pela quadrilha presa em SP
A quadrilha de pistoleiros cearenses capturada nesta segunda-feira
(15), em São Paulo, seria a responsável pela morte de, pelo menos, dois
policiais militares no Ceará. Os dois PMs foram executados sumariamente em
menos de dois meses no Município de Jaguaretama, na região do Vale do Jaguaribe,
entre janeiro e fevereiro de 2016.
O primeiro assassinato ocorreu na noite de 7 de janeiro de 2016, quando
uma patrulha do Destacamento da PM de Jaguaretama foi acionada para ir a uma
fazenda da região, onde bandidos fortemente armados praticavam um assalto e
rendia uma família como refém.
Imediatamente, uma equipe comandada pelo subtenente Carlos Herbênio
Almeida Bezerra se dirigiu ao local, mas acabou sendo recebida a tiros de fuzil
pelos criminosos que já iniciavam a fuga em uma caminhonete. Um dos PMs, o
soldado Hudson Danilo de Oliveira, 26 anos, foi atingido com um tiro na cabeça.
Em estado gravíssimo, ele foi levado para Fortaleza, onde morreu dois dias
depois (dia 9), no Instituto Doutor José Frota.
Caçados - A partir dali, a Polícia Militar montou
uma verdadeira caçada humana aos criminosos que agiam na região. O subtenente
Herbênio comandou várias diligências no Vale do Jaguaribe. Vários bandidos
foram presos e outros mortos nas ações policiais.
Contudo, no dia 19 de fevereiro, a mesma quadrilha matou o comandante
do Destacamento. O subtenente Herbênio foi surpreendido por pistoleiros quando
fazia seu Cooper matinal nos arredores do prédio do Destacamento da PM de
Jaguaretama. Recebeu vários tiros à queima-roupa, a maioria na cabeça, numa
autêntica execução ordenada pelo mesmo bando que no mês anterior assassinou o
soldado Hudson.
Nesta segunda-feira (15), em uma megaoperação em São Paulo, a Polícia
Civil daquele estado prendeu 15 pessoas – todas cearenses – e cumpriu 15
mandados de busca e apreensão, Conforme as autoridades, a quadrilha era formada
por pistoleiros cearenses que mataram os dois PMs em Jaguaretama e praticou
outros crimes de “aluguel” no estado. O bando fugiu para São Paulo e se filiou
à facção criminosa PCC, traficando drogas e continuando a matar em troca de
dinheiro. Os nomes das 15 pessoas presas não foram, ainda, divulgados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário