Reservatório estratégico para o abastecimento do Estado, o Castanhão,
localizado na Bacia do Médio Jaguaribe, na região Centro-Sul, está com 4,54% da
capacidade de armazenamento, cujo total é 6,700 bilhões de metros cúbicos (m³).
Há exatamente um ano, o volume era de 4,44%. No início desta quadra chuvosa, o
volume do Castanhão era de 3,75%, conforme dados do Portal Hidrológico do
Ceará, da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Apesar de o
aumento não chegar a um ponto percentual ainda, a importância dessa recarga é
justificada pelas dimensões do reservatório, que responde por 35,98% do volume
do sistema hídrico do Estado. Em pouco mais da metade da quadra, a recuperação
é de 21%.
As precipitações registradas nesta quadra chuvosa no Ceará já se
refletem em recarga dos principais açudes do sistema hidrológico, que está com
17,28% do total da capacidade. Há um ano, o volume do sistema apontava 9,52%.
Com isso, os reservatórios do Estado superaram o acúmulo registrado em todo o
período chuvoso de 2019, que terminou com 17,03%.
Assim como o Castanhão, apesar de computar recarga, os outros dois
açudes estratégicos também preocupam. Orós, localizado no Alto Jaguaribe, está
com 6,50%. A taxa é menor do que no passado, quando, à esta época, já tinha
alcançado 6,95% da capacidade. Banabuiú, na bacia de mesmo nome, se destaca com
os 7,32% de recarga. Há um ano, o reservatório tinha 0,51% do volume total.
O açude Araras, quarto maior do Ceará, localizado na bacia do Acaraú,
está com ocupação de 41,18% da capacidade. O reservatório registra atualmente
volume mais de três vezes maior do que no mesmo período do ano passado, quando
marcava 13,39%.
Dos 155 açudes monitorados pela Cogerh, 32 estão sangrando. Outros 82
açudes aparecem ainda com volume abaixo de 30% do potencial de armazenamento.
Destes, 20 estão em volume morto e sete estão secos.
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