terça-feira, 14 de maio de 2019

Caso Letícia - 7 meses depois, pai que matou adolescente esfaqueada continua foragido

Horázio Lazareno Lucas e Letícia Tanzi — Foto: Reprodução/Facebook
Horázio Lazareno Lucas e Letícia Tanzi

Sete meses depois de matar a filha de 13 anos a facadas após deixar a cadeia, Horácio Lazareno Lucas continua foragido, em São Roque (SP). O inquérito sobre o caso foi relatado ao Fórum em janeiro deste ano com o registro das buscas sem sucesso feitas pela polícia na região e está em segredo de Justiça.
Em 3 de outubro de 2018, segundo a Polícia Civil, a jovem Letícia Tanzi estava em casa, quando o pai, de 39 anos, foi até o imóvel depois que recebeu o alvará de soltura para recorrer em liberdade da condenação de um estupro contra a cunhada.
Enquanto ele esteve detido, Letícia o denunciou alegando que era violentada desde 2017. Horácio foi até a casa justamente com o objetivo de convencer a filha a retirar a denúncia de estupro, segundo a mãe da jovem afirmou à polícia.
A mãe relatou também que ele estava calmo, mas a situação mudou quando a menina se negou a voltar atrás sobre a queixa.
O crime sensibilizou moradores da cidade e reuniu uma força-tarefa de buscas com equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Civil Municipal para encontrar o suspeito, que fugiu em direção a um matagal.
A Guarda Municipal de Itupeva foi acionada e usou cães farejadores para tentar encontra-lo. O cão Max, da raça Bloodhound, chegou a identificar o odor de Horácio em trilhas, mas não a localização do suspeito.

Entenda o caso - Horácio foi condenado há oito anos de reclusão por estuprar a cunhada em 2010.
O processo do estupro corria desde 2011. Segundo o Tribunal de Justiça, ele respondeu em liberdade e sempre cumpriu as medidas cautelares.
Ao final do processo, ele foi condenado, mas com possibilidade de recorrer. No entanto, o oficial de Justiça não o encontrou para a intimação. Ele foi localizado e preso apenas em 8 de junho de 2018.
Aliviada com a prisão, Letícia contou para a mãe que era violentada desde 2017. A denúncia da menina pegou a família de surpresa.
A mãe registrou um novo boletim de ocorrência e tentou voltar atrás no pedido de soltura feito à Justiça, mas não conseguiu.
A Justiça expediu o alvará de soltura para que ele pudesse recorrer da condenação em liberdade. Letícia foi morta horas depois, no dia 3 de outubro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário