Horázio Lazareno Lucas e Letícia
Tanzi
Sete meses depois de matar a filha de 13 anos a facadas após deixar a
cadeia, Horácio Lazareno Lucas continua foragido, em São Roque (SP). O
inquérito sobre o caso foi relatado ao Fórum em janeiro deste ano com o
registro das buscas sem sucesso feitas pela polícia na região e está em segredo
de Justiça.
Em 3 de outubro de 2018, segundo a Polícia Civil, a jovem Letícia Tanzi
estava em casa, quando o pai, de 39 anos, foi até o imóvel depois que recebeu o
alvará de soltura para recorrer em liberdade da condenação de um estupro contra
a cunhada.
Enquanto ele esteve detido, Letícia o denunciou alegando que era
violentada desde 2017. Horácio foi até a casa justamente com o objetivo de
convencer a filha a retirar a denúncia de estupro, segundo a mãe da jovem
afirmou à polícia.
A mãe relatou também que ele estava calmo, mas a situação mudou quando
a menina se negou a voltar atrás sobre a queixa.
O crime sensibilizou moradores da cidade e reuniu uma força-tarefa de
buscas com equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Civil Municipal
para encontrar o suspeito, que fugiu em direção a um matagal.
A Guarda Municipal de Itupeva foi acionada e usou cães farejadores para
tentar encontra-lo. O cão Max, da raça Bloodhound, chegou a identificar o odor
de Horácio em trilhas, mas não a localização do suspeito.
Entenda o caso - Horácio foi condenado há oito anos de
reclusão por estuprar a cunhada em 2010.
O processo do estupro corria desde 2011. Segundo o Tribunal de Justiça,
ele respondeu em liberdade e sempre cumpriu as medidas cautelares.
Ao final do processo, ele foi condenado, mas com possibilidade de recorrer.
No entanto, o oficial de Justiça não o encontrou para a intimação. Ele foi
localizado e preso apenas em 8 de junho de 2018.
Aliviada com a prisão, Letícia contou para a mãe que era violentada
desde 2017. A denúncia da menina pegou a família de surpresa.
A mãe registrou um novo boletim de ocorrência e tentou voltar atrás no
pedido de soltura feito à Justiça, mas não conseguiu.
A Justiça expediu o alvará de soltura para que ele pudesse recorrer da
condenação em liberdade. Letícia foi morta horas depois, no dia 3 de outubro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário