quarta-feira, 22 de maio de 2019

CASO MILAGRES - Diz delegado - PMs intimidaram equipe da Polícia Civil

As investigações que se seguiram à ação desastrosa da Polícia Militar em Milagres foram alvo de pressão e situações de constrangimento envolvendo investigadores e testemunhas. Delegados defendem que o pedido de prisão preventiva dos militares, desconsiderado pelo MP, era "mais que necessário"

Resultado de imagem para "Uma de nossas equipes foi intimidada pelos PMs", diz delegado
Equipes de policiais civis foram seguidas em diligências entre os municípios de Barro e Milagres

Todo caminho para apagar um rastro também deixa outros rastros e a Polícia Civil sabia disso. Um dos primeiros passos na investigação era refazer o caminho da Polícia Militar, senão na madrugada dos ataques, logo na manhã que sucedeu. Porque passar algumas horas do dia tentando apagar imagens das câmeras dos estabelecimentos comerciais era revelar que algo elas tinham a dizer. Não adiantaram as duas tentativas de destruir os arquivos com a formatação dos discos rígidos. A imagem do supermercado Burunganda seria reveladora: após todos os suspeitos em cena mortos, ou evadidos, três policiais atiraram sucessivamente de fuzil na direção de cinco reféns, "visivelmente indefesos", feitos alvos a sete metros de distância.
As várias narrativas de alteração das cenas do crime, relatadas meses antes do anúncio oficial, davam uma dimensão do que se supõe atrapalhar investigações. E esse é um dos grandes incômodos da Polícia Civil por o Ministério Público não ter confirmado o pedido de prisão preventiva de 15 PMs que estariam tentando atrapalhar as investigações.

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