Mais uma mortandade de peixe atingiu gaiolas no Açude Castanhão, nesses
dois últimos dias, pondo fim completamente à atividade de piscicultura no maior
reservatório do Ceará. Há cinco meses, morreram 95% do pescado criado em
tanques redes, em abril passado houve nova mortandade em torno de 2% do que
restava.
A secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Aquicultura e
Pesca, disse que agora morreram todos os pescados criados em gaiolas e até os
nativos (soltos no açude).
Ainda não há um levantamento sobre a quantidade de peixes mortos e de
número de piscicultores atingidos. “A prioridade é retirar os peixes mortos e
só depois vamos fazer o levantamento”.
O impacto econômico para a cidade de Jaguaribara é enorme. Lojas
fechadas, desemprego, grupo de piscicultores passando necessidade. O clima é de
tristeza e desespero entre os produtores.
Há cinco meses que a gestão municipal vem se reunindo com o governo do
Estado solicitando apoio: distribuição de cestas básicas para 200 famílias,
amparo de uma renda mínima para 100 famílias e assistência técnica aos
piscicultores. “Nada de concreto até agora foi realizado. A situação é triste e
muito preocupante”.
A chegada de água nova no Castanhão, por meio do Rio Jaguaribe,
poluição da água, inversão térmica (água fria sobe levando matéria orgânica e
reduzido o nível de oxigênio) são as causas de morte do pescado.
Há cinco meses morreram 1694 toneladas de pescado, atingindo centenas
de piscicultores.
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