O cantor Fagner se arrepende de ter apoiado Jair Bolsonaro (PSL) na
campanha eleitoral. O músico lamentou o desempenho do político em entrevista ao
Conversa com Bial.
“Ele está dando muito mole, está sempre sendo surpreendido. Tem horas
que parece que ele continua na campanha, tem umas coisas que ele não combina
com a turma dele. Tá sempre tendo um disse-me-disse. Frustra um pouco. Passa
uma impressão de amadorismo. Ele não disse que é presidente de todos os
brasileiros? Então não é o momento de ficar provocando, ele já fez isso na
campanha”, lamentou Fagner.
O cantor fez questão de lembrar que não apoiou Jair Bolsonaro no
primeiro turno, mas Ciro Gomes (PDT). “No final da campanha começaram a exibir
fotos minhas com camiseta do 13. Então desmenti e afirmei. Eu estava querendo
essa mudança”.
Suas posições políticas o afastaram de amigos antes próximos, como
Chico Buarque, e repercutiram em sua carreira. “A última entrevista que eu dei
fiquei na geladeira uns 10 anos, que rolou essa coisa com Chico. Quando
começaram a falar do Lula, cobrei que fossem lá os medalhões da música
brasileira que dissessem alguma coisa. Fiquei em gelo em gravadora, na
imprensa. Chico é meu amigo, quantas músicas fizemos, não esperava isso”.
Depois de criticar publicamente a Lei Rouanet, Fagner se justificou por
lançar uma biografia recentemente, com apoio da própria lei. “Isso é muito
pouco. Quando eu critiquei, acho que foi por causa dos valores altos. Quem
patrocinou isso foi um parceiro, que fez sem me avisar. O livro foi iniciativa
de outras pessoas. Quando eu olhei, não tinha volta. A minha culpa é dividida
com outras pessoas, pela crítica que eu fiz. A lei tem todo um retorno, essa é
renda pra instituição, não pra mim, então, menos mal”.
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