Tola aparece em ‘selfie’ feita em
Bangu 4
Uma das facções criminosas que comandam o tráfico de drogas em favelas
do Rio proibiu que presos ligados à quadrilha divulguem em redes sociais fotos
e vídeos feitos dentro da cadeia. A ordem partiu de detentos que estão no
Presídio Jonas Lopes de Carvalho, conhecido como Bangu 4, no Complexo de
Gericinó, na Zona Oeste do Rio, e também de traficantes que não estão presos.
Os criminosos escreveram um comunicado que começou a ser difundido no WhatsApp
no início desta semana.
Segundo o comunicado, quem postar fotos ou vídeos em mídias sociais
será banido da facção. Há cerca de um mês, começou a circular nas redes sociais
uma “selfie” tirada por um traficante dentro de Bangu 4. Na imagem, 15
criminosos aparecem fazendo o símbolo da quadrilha, o número três, com as mãos.
Um dos presos que posou para a foto é Márcio da Silva Lima, o Tola, chefe do
tráfico em Senador Camará. Tola e o preso que tiraram a foto estão no presídio
de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino, conhecido como Bangu 1, também
no Complexo de Gericinó, desde que a imagem foi divulgada.
No mesmo comunicado, a
facção proíbe, ainda, quatro tipos de roubo: a pedestres, de carros, ônibus e
celular. “Esses tipos de crimes covardes não serão permitidos pela facção”, diz
o texto. Com a divulgação da mensagem, 46 presos que estavam em Bangu 4 pediram
para serem transferidos para o denominado “seguro”, ou seja, para ficarem
isolados dos demais detentos. Essa solicitação é feita por presos que alegam
estar sofrendo ameaças.
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