sexta-feira, 7 de junho de 2019

Facção criminosa do Rio proíbe presos de postarem fotos e vídeos de dentro das cadeias

Tola aparece em ‘selfie’ feita em Bangu 4
Tola aparece em ‘selfie’ feita em Bangu 4

Uma das facções criminosas que comandam o tráfico de drogas em favelas do Rio proibiu que presos ligados à quadrilha divulguem em redes sociais fotos e vídeos feitos dentro da cadeia. A ordem partiu de detentos que estão no Presídio Jonas Lopes de Carvalho, conhecido como Bangu 4, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, e também de traficantes que não estão presos. Os criminosos escreveram um comunicado que começou a ser difundido no WhatsApp no início desta semana.
Segundo o comunicado, quem postar fotos ou vídeos em mídias sociais será banido da facção. Há cerca de um mês, começou a circular nas redes sociais uma “selfie” tirada por um traficante dentro de Bangu 4. Na imagem, 15 criminosos aparecem fazendo o símbolo da quadrilha, o número três, com as mãos. Um dos presos que posou para a foto é Márcio da Silva Lima, o Tola, chefe do tráfico em Senador Camará. Tola e o preso que tiraram a foto estão no presídio de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino, conhecido como Bangu 1, também no Complexo de Gericinó, desde que a imagem foi divulgada.

  
No mesmo comunicado, a facção proíbe, ainda, quatro tipos de roubo: a pedestres, de carros, ônibus e celular. “Esses tipos de crimes covardes não serão permitidos pela facção”, diz o texto. Com a divulgação da mensagem, 46 presos que estavam em Bangu 4 pediram para serem transferidos para o denominado “seguro”, ou seja, para ficarem isolados dos demais detentos. Essa solicitação é feita por presos que alegam estar sofrendo ameaças.

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