quinta-feira, 27 de junho de 2019

Traficante do Rio foragido há 15 anos é morto pela polícia

O chefe do Morro do Dendê, na Ilha do Governador, era procurado pela Justiça há mais de 15 anos - Além de Guarabu, outros quatro homens morreram no confronto

Fernandinho Guarabu estava no comando do tráfico da Ilha há 13 anos — Foto: Reprodução
Fernandinho Guarabu estava no comando do tráfico da Ilha há 13 anos

Um dos traficantes mais procurados do RJ foi morto na manhã desta quinta-feira (27). Policiais militares encontraram e mataram, durante um confronto, Fernando Gomes Freitas, o Fernandinho Guarabu, na favela que ele chefiava, o Morro do Dendê, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.
Outros quatro suspeitos foram mortos no tiroteio, entre eles o braço direito de Guarabu, Gilberto Coelho de Oliveira, o Gil, e o ex-PM Antônio Eugênio, o Batoré. Morreram ainda os traficantes Piu e Logan. Com Guarabu, foram apreendidos um fuzil, quatro pistolas, granadas e drogas.
Guarabu era procurado pela Justiça há mais de 15 anos. Era ainda o traficante que estava há mais tempo no comando de um morro no Rio. A recompensa oferecida pelo Disque Denúncia por informações que levassem à prisão do traficante era de R$ 30 mil - a maior do programa.

Guarabu e Gil: amigos de infância e parceiros no tráfico de drogas — Foto: Reprodução
Guarabu e Gil - Amigos de infância e parceiros no tráfico de drogas

Chefão tinha forte esquema de segurança - A liberdade de Fernando Guarabu era garantida, segundo a polícia, com uma rede de olheiros e propinas distribuídas a policiais militares.
Guarabu e Gil - o segundo na hierarquia da comunidade -, expandiram seus domínios em relação ao tráfico de drogas, até a Baía de Guanabara.
Para se manter no poder, além da propina paga a PMs, Guarabu tinha olheiros espalhados pela Ilha do Governador, que tem apenas um ponto de entrada por terra: a Ponte do Galeão. Cauteloso, ele ainda colocava olheiros em lajes de residências em ruas ao redor do Dendê.
Segundo a polícia, o traficante teria montado um "exército", e havia, nos acessos à comunidade, bandidos que faziam a "contenção" de seus pontos de drogas.
Guarabu possuía 14 mandados de prisão contra crimes como associação para a prática de tráfico ilícito de substância entorpecente, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, homicídio qualificado mediante paga ou promessa de recompensa.
O criminoso também lucrava com um esquema de exploração da circulação de vans e Kombis na localidade, que cobrava R$ 330 por motorista. O ex-PM Batoré era apontado como o gerente do esquema.
O traficante estendeu seus negócios com venda de botijões de gás, TV a cabo clandestina e internet - práticas de quadrilhas de milicianos.

 Cartazes do Disque Denúncia com as recompensas de Fernandinho Guarabu e Gil do Dendê — Foto: Reprodução
Cartazes do Disque Denúncia com as recompensas de Fernandinho Guarabu e Gil do Dendê

 Ex-policial militar Antônio Eugênio de Souza Freitas, o Batoré, foi morto pela polícia na manhã desta quinta (27) — Foto: Reprodução
Ex-policial militar Antônio Eugênio de Souza Freitas, o Batoré, foi morto pela polícia na manhã desta quinta feira

Nenhum comentário:

Postar um comentário