Óbitos incluem padre e estudante
de Nutrição na região do Cariri, que passou por aumento de casos notificados,
segundo a Secretaria da Saúde
O Ceará registrou sete óbitos causados pela influenza H1N1 em 2019, de
acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa)
divulgado nesta segunda (10). Os dados, contabilizados até o dia 1º de junho,
representam 13% das 53 mortes ocasionadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave
(SRAG) neste ano. Além disso, revelam uma queda de 87% em relação ao mesmo
período do ano passado, quando houve 57 mortes pelo vírus.
Até abril, o monitoramento da Sesa mostrava apenas um óbito pela
doença, ocorrido no mês de março. A vítima era do sexo masculino, com faixa
etária entre 40 a 49 anos, e não fez tratamento com o tamiflu, principal
medicamento utilizado para tratar a gripe. No entanto, a Sesa notou, nas
últimas semanas, "um incremento dos casos notificados de SRAG na
macrorregião do Cariri".
Quatro casos de H1N1 foram confirmados no mês de maio nos municípios de
Juazeiro do Norte e Crato, com três mortes. A informação foi confirmada pela
Secretaria. Entre as mortes, está a da estudante de nutrição Rafaela Callou de
Sá Barreto, de 23 anos. Ela estava internada em uma clínica particular de
Juazeiro do Norte e faleceu após três paradas cardiorrespiratórias, na
madrugada de 4 de junho.
A segunda morte confirmada ocorreu no mesmo dia. A vítima foi o padre
José Luismar Rodrigues, da Paróquia Nossa Senhora das Angústias, em Tarrafas.
Ele estava internado num hospital do Crato. Ainda conforme o boletim da Sesa,
outros seis óbitos foram causados pela influenza A H3/sazonal; seis pela
influenza B e dois pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Vinte e uma mortes
não tiveram o agente etiológico especificado, e 11 estão em investigação.
Imunização - A vacina contra a influenza é trivalente e
protege contra três tipos da doença: a H1N1, a H3N2 e a B/Colorado/06/2017. Até
esta segunda (10), o Ceará havia vacinado 2.266.437 pessoas contra a gripe. O
alcance representa cobertura de 88,4% do público-alvo, enquanto a meta do
Ministério da Saúde é chegar a 90%. A vacinação no Estado foi prorrogada até a
próxima sexta (14).
Nenhum comentário:
Postar um comentário