O Castanhão, principal
reservatório do estado, apresenta apenas 5,41% do seu volume total
As precipitações durante o período da quadra chuvosa no Ceará
colaboraram para a expansão da área sem seca relativa no estado, conforme dados
do Monitor de Secas. Mesmo com os resultados positivos obtidos nos primeiros
meses do ano, já é possível observar um aumento na estiagem entre abril e maio.
O Ceará apresentava, até abril deste ano, 66% do seu território sem
seca relativa, o que representava o resultado mais positivo desde o início do
monitoramento, em julho de 2014. Já no mapa mais recente do Monitor, a área
passou para 50,63%. A análise é feita pela Agência Nacional das Águas (ANA),
com apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, a Funceme,
e outros institutos de pesquisa do País.
O estudo que avalia a quadra chuvosa mostra que a região do Sertão
Central e Inhamuns foi a que apresentou o maior desvio percentual negativo,
seguida do Cariri. No que se refere somente ao mês de maio, as chuvas no Ceará
ficaram 14,6% abaixo da média, de acordo com a Funceme. Dados recentes apontam
que a porção do território cearense com algum nível de seca relativa está
concentrada no centro-sul, área que recebeu menos precipitações durante o
período de chuvas de 2019.
Com o fim da estação de chuvas, o Ceará entrou na Pós-Estação, período
de precipitações mais escassas. Atualmente, dos 155 reservatórios monitorados
pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos, 72 açudes estão com capacidade
abaixo dos 30%.
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