Polícia Militar do Ceará
reorganizou os batalhões
A estrutura da Polícia Militar do Ceará foi alterada. Na reformulação,
o Comando Tático Motorizado (Cotam) deixou de ser uma companhia e tornou-se
batalhão. A mudança também ocorre no nome: agora é Batalhão Cotam, que tem à
frente o major PM Gerlúcio Vieira.
O Comando Tático Rural (Cotar), comandado pelo major Antônio Cavalcante,
também se tornou Batalhão.
O Comando de Distúrbios Civis (CDC) passa a integrar o Batalhão de
Eventos.
E o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) deixou de ser companhia,
tornou-se batalhão e passou a se chamar Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Ainda foram criados na PMCE cargos como a Coordenação Geral de
Operações, de onde todas as operações da PM saem. Conforme fonte da Polícia
Militar, quando existe mudança de companhia para batalhão o efetivo e a
abrangência são maiores. O Raio, por exemplo, cresceu e se tornou BPRaio. Houve
aumento de efetivo e agora é um grande comando, com atuação em todo o Ceará.
Como o efetivo aumenta, a PMCE abriu cursos que estão em andamento. É o
caso do Curso do Cotar e o curso de patrulhamento urbano. O curso de distúrbios
civis terminou no começo do mês. Está previsto, para o fim deste ano um curso
de sniper (atirador de elite) promovido pelo Bope.
Após o coronel Alexandre Ávila assumir comando geral da PMCE, no começo
deste ano de 2019, houve transferência de policiais do BPChoque. As mudanças
aconteceram para cumprir a modificação determinada pelo comandante geral, que
vetou a entrada de policiais que não possuíam os cursos para atuar no Choque.
Atualmente, o Ceará também tem policiais que terminaram o Curso de
Operações Especiais (Coesp), que forma os "caveiras". Esse curso foi
organizado pelo coronel PM Aginaldo, que agora está à frente da Força Nacional,
em Brasília.
Atribuições e Lei de Organização
Básica - As mudanças na
organização da PM foram oficializadas no Diário Oficial e no Boletim de Comando
Geral, o último deles de 20 de março de 2019. Além da mudança de Gate para
Bope, é definido o papel de outros batalhões:
O 1º BPChoque da PMCE tem como atribuições o patrulhamento motorizado
de alto risco da Capital e Região Metropolitana, segurança pessoal do
secretário da Segurança Pública e Defesa Social, do secretário executivo da
SSPDS, do coronel comandante da PMCE, do subcomandante geral da PMCE e do
diretor de planejamento e gestão interna da PMCE.
O 2º BPChoque une Controle de Distúrbios Civis, patrulhamento com cães
e eventos em todo o Estado.
O 3º BPChoque, conforme o documento, atua em ocorrências de altíssimo
risco, com retomada de reféns, ocorrências com explosivos e gerenciamentos de
crises e demais operações de alta complexidade.
O 4º BPChoque executa o policiamento ostensivo rural de alto risco e
atua também com policiamento especializado das divisas do Estado.
Essas mudanças fazem parte da Lei de Organização Básica da Polícia
Militar do Estado do Ceará, que alterou a estrutura organizacional e dispõe
sobre os cargos de provimento em comissão.
São Paulo é referência - O modelo é similar ao adotado em São
Paulo, que tem quatro batalhões de Choque. Lá, o 1º Batalhão de Choque,
Batalhão Tobias de Aguiar "Rota", é responsável pelo patrulhamento
tático. O 2º Batalhão de Choque, o "Anchieta", é responsável por
Comando de policiamento em eventos e Rocam (que atua em motos). O 3º Batalhão
de Choque, o "Batalhão Humaitá", responde por Comando de Distúrbios
Civis, escolta e Canil. Já o 4º Batalhão de Choque da PM paulista é o Batalhão
de Operações Especiais, que possui dois grupos, o Coe, que atua com operações
especiais e área rural e de mata, o Gate, que atua com resgate de reféns,
ocorrências de bombas e explosivos. Ainda existe o Regimento de Polícia Montada
Nove de Junho, que é o RPMon, que seria um 5º Batalhão, mas que não possui essa
denominação.
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