Uma garota, um homem e um menor
morreram - Briga de facções seria a verdadeira versão
A jovem Mariana Garcia, 20 anos,
foi atingida por vários tiros e morreu no IJF
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga os
motivos que teriam causado um tiroteio que deixou três pessoas mortas em
Fortaleza há duas semanas. Uma mulher, um homem adulto e um adolescente
morreram depois de terem sido baleados durante um tiroteio que se sucedeu a uma
suposta tentativa de assalto em um ponto de venda de churrasquinhos.
O crime aconteceu por volta de 23 horas do último dia 5, no bairro
Rodolfo Teófilo, na zona Central de Fortaleza. Naquela noite, várias pessoas
estavam no local quando um veículo surgiu na esquina e um jovem (adolescente)
desembarcou com uma pistola na mão, anunciando um assalto.
De acordo com o levantamento feito pela Polícia no local, no momento em
que o criminoso rendia as pessoas nas mesas, um policial militar à paisana
reagiu e trocou tiros com o bandido.
Pelo menos, quatro pessoas foram baleadas, entre elas, a jovem Mariana
Saraiva Garcia, 21 anos. Ela teria sofrido três tiros e morreu na Emergência do
Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro). Nos dados da Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS) consta que a morte da garota decorreu de um
latrocínio (roubo seguido de morte).
Morreram no IJF - Também morreram no dia seguinte no mesmo
hospital, um comerciário identificado apenas por Gleydson, que era gerente de
uma loja no Centro de Fortaleza e foi enterrado em sua terra natal, a cidade de
Acaraú, e o adolescente que teria anunciado o assalto. Ele foi linchado pelos
populares e deu entrada já praticamente morto no “Frotão”. O segundo bandido
que dirigia o carro acabou preso.
Testemunhas do caso, no entanto, divergem da versão oficial da SSPDS de
que houve um assalto no local. Afirmam que, na verdade, o alvo dos criminosos
era mesmo a jovem Mariana, que acabou sendo atingida com vários tiros à
queima-roupa. Há suspeitas de que os bandidos já estavam à sua procura e que o
crime teria sido motivado por uma rivalidade de facções criminosas que atua no
bairro Genibaú (zona Oeste da Capital), onde Mariana morava e foi expulsa,
fugindo dali após receber ameaças.
Sem nomes - Outro fato estranho neste episódio é que
os nomes do homem e do adolescente mortos não constam na lista das vítimas de
Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs), divulgado no site da SSPDS,
apenas o de Mariana Saraiva Garcia.
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