
Um morador do município de Buriti dos Montes, no Piauí, identificou e
ajudou a prender Zé do Valério, suspeito de estuprar e matar uma universitária
na cidade de Pedra Branca. O agricultor levou a polícia ao local onde o homem
estava escondido. João Elias deu comida ao suspeito por três dias e chegou a colocar
remédio para dormir na coalhada de Zé do Valério, na intenção de capturá-lo. Ao
encontrar a polícia de Crateús fazendo buscas pelo suspeito na região, levou os
agentes até o local nesta sexta-feira (12).
O vaqueiro foi capturado em uma área de mata fechada após cerco
realizado por policias da Força Tática e da sub agência de Inteligência do 7º
Batalhão de Polícia Militar de Crateús. De acordo com a fonte, o suspeito
estava acordado quando os policiais chegaram, e tentou correr, mas foi
capturado. Com ele, a polícia apreendeu uma arma com seis munições.
As buscas por Zé do Valério ocorriam há mais de dois meses nas regiões
de mata do Ceará e Piauí. Durante a fuga, o vaqueiro roubou uma moto, invadiu
uma casa e furtou comida, mas sempre acabava escapando do cerco policial se
escondendo na mata.

Em 21 de junho, ele chegou a trocar tiro com os policiais do Piauí, na
mesma região de Buriti dos Montes, e fugiu logo depois. Os agentes de segurança
apreenderam panelas e o material que ele usava para preparar comida.
Com a notícia da prisão, a mãe da universitária disse ter “gratidão a
Deus pela vitória”. "Não vai trazer a nossa menina de volta, mas vai
aliviar a nossa dor", comentou Joelma Oliveira.
"Nossa família só tem gratidão a Deus por essa vitória. Não desejo
a ninguém a dor que sentimos com a perda da Danielle. A justiça agora será
feita e estamos aliviados. Agora esse psicopata não vai mais fazer nenhum mal
para ninguém", acrescentou.

O crime - Zé do Valério é o principal suspeito de
matar a universitária Danielle Oliveira, de 20 anos. Ela foi encontrada morta
em um sítio vizinho ao da sua família, na localidade de São Gonçalo, no Ceará,
despida e com ferimento no olho esquerdo, em 25 de abril. Danielle estava
desaparecida desde a noite do dia 24. O suspeito havia trabalhado no sítio da
família, onde a universitária estava antes de sumir, prestando serviços como
vaqueiro e amansando animais.

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