
Iguatu recebeu na Praça da Matriz na manhã do último sábado, 20, o projeto Sonora Brasil do Sesc,
que nesta edição trouxe a música dos povos originários do Brasil a partir da
visita das etnias indígenas Kariri-Xocó, de Alagoas, e Fulni-Ô, de Pernambuco.
Os indígenas aproveitaram a presença do padre Carlos Roberto Alencar,
pároco de Senhora Sant’Ana e de representantes da Igreja para uma bênção
especial. Os católicos celebram 300 anos da chegada da imagem da padroeira no
período de 17 a 26 deste mês, com novenário.

Cultura - Os torés expressam a espiritualidade de
cada tribo com movimentos e música. Os Kariri-Xocó utilizam os buzos (espécie de
flauta), maracás de mão e de tornozelos. No repertório estão também os rojões,
que já fazem parte da tradição musical deste povo e são um reflexo do trabalho
nas fazendas e da dinâmica de trocas culturais ocorridas na região.
As letras cantadas em português possibilitam conhecer um pouco da
história do povo, falando do cotidiano dos indígenas nas colheitas ou nos dias
atuais, ou trazendo sincretismos religiosos e remetendo ao tempo da colonização
quando eram obrigados a praticar suas tradições secretamente.
A segunda apresentação é do Grupo Memória Fulni-Ô (PE), que trazem as
músicas tradicionais: toré e a cafurna. O primeiro segue um cântico coletivo
sem letra e com instrumentos de sopro e percussão e simboliza a união da tribo.
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