segunda-feira, 29 de julho de 2019

Médico e prefeito suspeito de estuprar e filmar mulheres é levado a presídio na Grande Fortaleza

José Hilson de Paiva, prefeito afastado de Uruburetama, está preso suspeito de estuprar dezenas de mulheres e filmar os atos, durante consultas médicas

Médico e prefeito afastado de Uruburetama chega ao IML, em Fortaleza, na tarde desta sexta-feira (19), para exame de corpo de delito antes da prisão  — Foto: Natinho Rodrigues/Sistema Verdes Mares
Médico e prefeito afastado de Uruburetama chega ao IML, em Fortaleza, para exame de corpo de delito antes da prisão

O prefeito afastado de Uruburetama e médico, José Hilson de Paiva, preso suspeito de estuprar mulheres durante consultas ginecológicas, foi transferido para o sistema penitenciário do Ceará na manhã desta segunda-feira (29), por decisão do juiz da Vara de Execuções Penais. Hilson estava detido na Delegacia de Capturas (Decap), em Fortaleza, desde 19 de julho, e foi transferido para a Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes, em Aquiraz.
O médico foi indiciado por estupro de vulnerável. As denúncias feitas contra ele, que filmava as pacientes durante as consultas, dão conta de que os atos eram cometidos desde a década de 1980, em Uruburetama e Cruz.

Ameaça à investigação

Médico e prefeito de Uruburetama filmava pacientes enquanto cometia abusos sexuais — Foto: Reprodução/TVM
Médico e prefeito de Uruburetama filmava pacientes enquanto cometia abusos sexuais

A prisão preventiva de Hilson foi decretada pelo juiz de Uruburetama, José Cléber Moura. O Ministério Público do Ceará (MPCE) defende a prisão de Hilson, afirmando que, solto, ele seria capaz de "coagir, constranger, ameaçar e corromper" vítimas, atrapalhando a investigação.

'Vício'

Hospital de Uruburetama, com quadro do prefeito e médico denunciado por abuso sexual José Hilson Paiva — Foto: JL Rosa/ SVM
Hospital de Uruburetama, com quadro do prefeito e médico denunciado por abuso sexual José Hilson Paiva
  
Ao ser preso, o médico disse, em depoimento à polícia, que os estupros e as gravações dos atos se tornaram um "vício", segundo informou a Secretaria da Segurança Pública do Ceará (SSPDS).
Segundo a delegada do município de Cruz, Joseanna Oliveira, o médico disse, ainda, que a prática virou fetiche há décadas e era um hobby fazer as gravações utilizando celulares e câmeras digitais.

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