A decisão administrativa acontece
às vésperas do julgamento do recurso dos policiais no Tribunal de Justiça de
São Paulo (TJ-SP)

Os três policiais foram expulsos
da Polícia Militar de SP
A Polícia Militar expulsou da corporação o cabo Victor Cristilder Silva
dos Santos e os soldados Fabrício Emmanuel Eleutério e Thiago Barbosa Henklain,
condenados a mais de 600 anos de prisão, na soma das penas, por envolvimento na
chacina de Osasco e Barueri, na Grande São Paulo. A decisão administrativa
acontece às vésperas do julgamento do recurso dos policiais no Tribunal de
Justiça de São Paulo (TJ-SP), marcado para esta quarta-feira (24).
Considerada a maior da história de São Paulo, a chacina terminou com 17
mortos e 7 feridos no dia 13 de agosto de 2015. Ao fim das investigações, os
três PMs e um guarda civil de Barueri foram apontados como responsáveis pelos
crimes.
Quase quatro anos após o caso, o Comando-Geral da PM publicou portaria
confirmando a expulsão dos policiais no Diário Oficial do Estado deste sábado,
20. A justificativa, segundo o documento seria "cometimento de atos
atentatórios à instituição, ao Estado, aos direitos humanos fundamentais e
desonrosos, consubstanciando transgressão disciplinar de natureza grave".
A expulsão é resultado de processo administrativo da corporação, que é
independente e corre em paralelo à ação criminal movida na Justiça contra os,
agora, ex-PMs. Em setembro de 2017, o soldado da Rota Fabrício Eleutério foi
condenado no Tribunal do Júri a 255 anos, 7 meses e 10 dias de prisão em regime
fechado, por crimes de homicídio e de formação de quadrilha.
No júri, o Conselho de Sentença decidiu que o soldado da PM Thiago
Henklain também era culpado pelos mesmos crimes. A sentença foi de 247 anos, 7
meses e 10 dias de cadeia.
Já o cabo Victor Cristilder teve o julgamento desmembrado e foi
condenado seis meses depois - mas por um número menor de assassinatos. Recebeu
pena de 119 anos, 4 meses e 4 dias de prisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário