segunda-feira, 22 de julho de 2019

PM expulsa policiais condenados por maior chacina de São Paulo

A decisão administrativa acontece às vésperas do julgamento do recurso dos policiais no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP)

Os três policiais foram expulsos da Polícia Militar de SP
Os três policiais foram expulsos da Polícia Militar de SP

A Polícia Militar expulsou da corporação o cabo Victor Cristilder Silva dos Santos e os soldados Fabrício Emmanuel Eleutério e Thiago Barbosa Henklain, condenados a mais de 600 anos de prisão, na soma das penas, por envolvimento na chacina de Osasco e Barueri, na Grande São Paulo. A decisão administrativa acontece às vésperas do julgamento do recurso dos policiais no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), marcado para esta quarta-feira (24).
Considerada a maior da história de São Paulo, a chacina terminou com 17 mortos e 7 feridos no dia 13 de agosto de 2015. Ao fim das investigações, os três PMs e um guarda civil de Barueri foram apontados como responsáveis pelos crimes.
Quase quatro anos após o caso, o Comando-Geral da PM publicou portaria confirmando a expulsão dos policiais no Diário Oficial do Estado deste sábado, 20. A justificativa, segundo o documento seria "cometimento de atos atentatórios à instituição, ao Estado, aos direitos humanos fundamentais e desonrosos, consubstanciando transgressão disciplinar de natureza grave".
A expulsão é resultado de processo administrativo da corporação, que é independente e corre em paralelo à ação criminal movida na Justiça contra os, agora, ex-PMs. Em setembro de 2017, o soldado da Rota Fabrício Eleutério foi condenado no Tribunal do Júri a 255 anos, 7 meses e 10 dias de prisão em regime fechado, por crimes de homicídio e de formação de quadrilha.
No júri, o Conselho de Sentença decidiu que o soldado da PM Thiago Henklain também era culpado pelos mesmos crimes. A sentença foi de 247 anos, 7 meses e 10 dias de cadeia.
Já o cabo Victor Cristilder teve o julgamento desmembrado e foi condenado seis meses depois - mas por um número menor de assassinatos. Recebeu pena de 119 anos, 4 meses e 4 dias de prisão.

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