sábado, 13 de julho de 2019

Polícia não descarta o risco do vaqueiro “Zé de Valério” ser assassinado na prisão

Levado na sexta-feira (12), do Piauí para Fortaleza em um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), por determinação expressa do secretário da Segurança Pública, delegado federal André Costa, o vaqueiro José Pereira da Costa, o “Zé de Valério”, já está recolhido em uma cela da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), na Capital, e começará a ser ouvido pelas autoridades na próxima segunda-feira (15).
O bandido foi preso por um morador do Distrito de Jatobá do Medo, no Município de Buriti dos Montes (PI).
Para evitar que ele seja agredido ou mesmo morto pelos demais presos – dada a repercussão que a fuga do criminoso teve – ele permanece isolado dos demais detentos, à exemplo do que ocorre sempre com bandidos acusados de crimes de estupro e assassinato de mulheres.
O risco de o vaqueiro ser morto na cadeia é considerado real pelas autoridades da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário.
Em conversa informal com a Polícia, o vaqueiro contou um pouco como passou 72 dias em fuga pelo mato, quando percorreu quase 300 quilômetros entre o Ceará e o Piauí, saindo de Pedra Branca e passando pelos municípios de Senador Pompeu, Quixeramobim, Boa Viagem, Independência e Crateús, até, finalmente, chegar em Buriti dos , no Piauí, onde acabou sendo preso, na manhã de sexta feira (12).

Peixe cru e mel - Na conversa com os policiais militares que foram buscá-lo no Piauí, após ele ser detido por um morador daquele lugarejo, “Zé de Valério” contou que comeu peixe cru, mel e tomou água de rio para sobreviver. Porém, há relatos de que, durante o período da fuga, ele atacou casas em locais distantes das cidades – na zona rural – e roubou comida, água e roupas.
A fuga do criminoso teve início na noite do dia 24 de abril último, após ele raptar, estuprar e matar a tiros a filha de seus ex-patrões. A universitária do Curso de Administração de Empresas, Daniele Oliveira Silva, 20 anos, foi atacada pelo vaqueiro em uma estrada na localidade de São Gonçalo, a cerca de 15 quilômetros da sede municipal de Pedra Branca.
O corpo da garota, com marcas de violência e despido, porém, só foi encontrado na manhã seguinte, dia 25 de abril, após buscas de familiares, vizinhos e da própria Polícia. No mesmo dia, a delegada de Polícia Civil de Pedra Branca, Anarda Lima, identificou o criminoso e deu início com seus inspetores a caça ao assassino.

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