Levado na sexta-feira (12), do Piauí para Fortaleza em um helicóptero
da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), por determinação
expressa do secretário da Segurança Pública, delegado federal André Costa, o
vaqueiro José Pereira da Costa, o “Zé de Valério”, já está recolhido em uma
cela da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), na Capital, e começará a ser
ouvido pelas autoridades na próxima segunda-feira (15).
O bandido foi preso por um morador do Distrito de Jatobá do Medo, no
Município de Buriti dos Montes (PI).
Para evitar que ele seja agredido ou mesmo morto pelos demais presos –
dada a repercussão que a fuga do criminoso teve – ele permanece isolado dos
demais detentos, à exemplo do que ocorre sempre com bandidos acusados de crimes
de estupro e assassinato de mulheres.
O risco de o vaqueiro ser morto na cadeia é considerado real pelas
autoridades da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário.
Em conversa informal com a Polícia, o vaqueiro contou um pouco como
passou 72 dias em fuga pelo mato, quando percorreu quase 300 quilômetros entre
o Ceará e o Piauí, saindo de Pedra Branca e passando pelos municípios de
Senador Pompeu, Quixeramobim, Boa Viagem, Independência e Crateús, até,
finalmente, chegar em Buriti dos , no Piauí, onde acabou sendo preso, na manhã
de sexta feira (12).
Peixe cru e mel - Na conversa com os policiais militares que
foram buscá-lo no Piauí, após ele ser detido por um morador daquele lugarejo,
“Zé de Valério” contou que comeu peixe cru, mel e tomou água de rio para
sobreviver. Porém, há relatos de que, durante o período da fuga, ele atacou
casas em locais distantes das cidades – na zona rural – e roubou comida, água e
roupas.
A fuga do criminoso teve início na noite do dia 24 de abril último,
após ele raptar, estuprar e matar a tiros a filha de seus ex-patrões. A
universitária do Curso de Administração de Empresas, Daniele Oliveira Silva, 20
anos, foi atacada pelo vaqueiro em uma estrada na localidade de São Gonçalo, a
cerca de 15 quilômetros da sede municipal de Pedra Branca.
O corpo da garota, com marcas de violência e despido, porém, só foi
encontrado na manhã seguinte, dia 25 de abril, após buscas de familiares,
vizinhos e da própria Polícia. No mesmo dia, a delegada de Polícia Civil de
Pedra Branca, Anarda Lima, identificou o criminoso e deu início com seus
inspetores a caça ao assassino.
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