quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Amigos afirmam que DJ raptada e espancada com outras três mulheres em Fortaleza foi morta por ser lésbica

Jovens foram sequestradas por grupo de homens e agredidas com pedras e barras de ferro - Nenhum suspeito foi preso pelo crime

DJ Ana Karolina de Souza Santos foi morta com golpes de barra de ferro, em Fortaleza — Foto: Arquivo pessoal
DJ Ana Karolina de Souza Santos foi morta com golpes de barra de ferro

Dor e sensação de impunidade acompanham amigos e familiares da DJ Ana Karolina de Souza Santos, 19, assassinada brutalmente no último dia 28 de julho, em Fortaleza. Ela e outras três mulheres foram raptadas por um grupo de homens no Bairro Bonsucesso e espancadas com pedras e barras de ferro. Karolina não resistiu aos ferimentos. Segundo uma amiga da vítima, que terá sua identidade preservada por temer represálias, a jovem pode ter sido morta por homofobia (preconceito e atitudes criminatórias contra homossexuais).
As investigações acerca do crime seguem em andamento, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS). Até a publicação desta matéria, nenhum suspeito pelo homicídio havia sido preso. Uma das hipóteses levantadas pela polícia foi a de que Karolina e as outras mulheres pertenciam a uma facção criminosa. Amigos da DJ, que não tinha antecedentes criminais, descartam a possibilidade.
A amiga da vítima conta que, horas antes do crime, Ana Karolina estava com a namorada e amigos em um churrasco, no Bairro Parangaba. O casal teria saído do local para comprar maconha, em um lugar 'costumeiro', com a promessa de retornar brevemente. As duas demoraram a retornar, os amigos começaram a ficar preocupados e outro casal de mulheres decidiu procurar pela dupla e também desapareceu.
No fim da noite de 28 de julho, os amigos descobriram que as quatro mulheres foram raptadas e espancadas. Ana Karolina, segundo a amiga, fora a mais machucada: morreu antes mesmo de ser socorrida. As outras três foram levadas ao Instituto Dr. José Frota (IJF).

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