PMs denunciados por uma série de
crimes na Região Norte do Ceará terão que cumprir medidas cautelares
substitutas à prisão
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Policiais do Batalhão Ambiental
foram presos durante operação em Sobral
A Auditoria Militar, da Justiça Estadual, decidiu soltar, na última
segunda-feira (26), os oito policiais militares suspeitos de participar de um
esquema de extorsão que estavam presos desde a "Operação Espanta
Raposa", em março deste ano. Os PMs denunciados por uma série de crimes na
Região Norte do Ceará terão que cumprir medidas cautelares substitutas à
prisão. O nono militar acusado de participar do esquema criminoso já estava em
liberdade.
A decisão foi tomada por um Conselho Especial de Justiça, em uma
audiência. O juiz de Direito seguiu o Ministério Público do Ceará (MPCE) e foi
o único a votar pela manutenção das prisões; enquanto quatro juízes militares
(oficiais da Polícia Militar do Ceará) votaram pela revogação das medidas, por
entender que a liberdade dos colegas de farda não irá prejudicar o andamento do
processo.
O tenente-coronel Paulo de Tasso Marques de Paiva, o major Francisco
Marcelo Nantuã Beserra e os sargentos Raimundo Nonato Cruz, Jorge Luís de
Sousa, Marcelo Cristiano de Melo, Reginaldo Bento de Araújo, Antônio Barbosa
Filho e Décio Alves Fernandes foram soltos ainda na noite de segunda-feira
(26).
O Conselho Especial decidiu, por unanimidade, que os oito PMs estão
proibidos de acesso à qualquer unidade da Polícia Militar, em qualquer horário,
salvo quando requisitado pelo Comando Geral, oficialmente e por escrito;
proibidos de manter contato com as vítimas e testemunhas arroladas na denúncia
do MPCE, por qualquer meio; e proibidos do uso de farda e de arma de fogo.
O soldado Pablo Weslly Cavalcante de Sousa, filho do sargento Jorge
Luís (também acusado), já estava em liberdade, com aplicação de medidas
cautelares, desde que a Justiça aceitou a denúncia e o grupo de policiais
militares virou réu, no dia 26 de abril último.
Crimes cometidos - Os policiais militares são acusados de
cometer vários crimes no Batalhão da Polícia do Meio Ambiente (BPMA) de Sobral,
como concussão (exigir vantagem indevida) e corrupção passiva. Conforme
documentos, os PMs exigiam até R$ 20 mil de empresários da Região Norte e os
ameaçavam de apreender material, fechar estabelecimentos e ainda em prender ou
matá-los.
A investigação encontrou ao menos 12 vítimas do suposto esquema
criminoso. As empresas que teriam sido extorquidas atuam na extração mineral de
areia e barro; extração de madeira; produção e comércio de carvão; produção de
camarão; produção de pães; pesca de lagosta; extração mineral de pedras;
terraplanagens; e transporte de entulhos. E estão localizadas nos municípios de
Chaval, Camocim, Granja, Martinópole, Itarema, Cruz e Senador Sá.
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